O crente genuíno é uma pessoa que produz o fruto do Espírito
Santo, pois este é o resultado inevitável de quem está em comunhão com Cristo.
INTRODUÇÃO
- A importância do fruto do Espírito Santo na vida cristã foi
ilustrada de modo singular pelo Senhor Jesus no seu ensinamento a respeito da
videira verdadeira, feito no bojo das Suas últimas instruções, antes de ser
preso e morto pelos nossos pecados. Ao mostrar que os cristãos são ramos da
videira, que é Ele próprio, o Senhor demonstrou que não pode haver um indivíduo
que seja salvo que não produza o fruto do Espírito Santo.
- Quando observamos
este importante ensino de Jesus, devemos nos examinar e verificar se estamos
produzindo o fruto do Espírito Santo. Quem não frutifica, diz o Senhor, sem
meias palavras, é cortado e lançado fora. Não é possível ser crente, ser salvo
sem que se produza o fruto do Espírito Santo. Estamos frutificando? Somos
verdadeiramente salvos?
I – A VIDEIRA E SEUS
RAMOS
- Deus, ao criar todos os seres vivos que existem sobre a
face da Terra, determinou que cada um produzisse o correspondente à sua
finalidade e posição na ordem estabelecida pelo Senhor. Assim, a erva verde e a
árvore deveriam produzir fruto segundo a sua espécie (Gn.1:11), ou os animais
deveriam produzir outros segundo a sua espécie (Gn.1:22.25). - O homem, que foi
o encarregado de Deus para dominar sobre toda esta criação sobre a face da
Terra (Gn.1:26), também foi incumbido de produzir fruto segundo a sua espécie
(Gn.1:28). Este fruto não é apenas a procriação, até porque a ordem divina é
clara “frutificai e multiplicai-vos”, a indicar, portanto, que frutificar é
algo distinto de procriar, algo mais excelente e mais importante até do que a
procriação. Com efeito, nem todos os homens procriam, mas todos os homens têm
de frutificar. - A frutificação é a produção segundo a espécie (Gn.1:11). Deus
fez o homem como Sua imagem e semelhança (Gn.1:27), de modo que o homem tem de
produzir fruto segundo esta espécie, ou seja, deve refletir a imagem e
semelhança de Deus nas suas atitudes e ações, pois é esta a sua natureza. Por
isso, o apóstolo Paulo afirma que o salvo (aquele que está em comunhão com
Deus, que teve restabelecida a sua posição original, que foi distorcida pelo
pecado) “reflete, com cara descoberta, como um espelho, a glória de Deus” (II
Co.3:18). - Entretanto, quando o homem pecou, a imagem e semelhança de Deus
ficaram distorcidas no ser humano. O pecado fez separação entre Deus e o homem,
de tal sorte que o homem foi destituído da glória de Deus (Rm.3:23), não
podendo, portanto, mais refletir esta glória, pois sabemos que quem reflete a
luz não tem a luz em si mesmo, mas depende de os raios luminosos o atingirem
para que possa ocorrer a reflexão e, mais, para que haja uma reflexão regular,
somente se for um espelho, o que, como vimos na lição do apóstolo Paulo, é algo
que só é possível a quem é convertido (II Co.3:16-18). OBS: “…Um espelho
reflete a luz que chega até ele. Trata-se de uma reflexão regular dos raios
luminosos. A superfície refletora do espelho é bem polida. Sabemos também que
uma parede reflete a luz que chega até ela (é por isso que podemos enxergar a
parede). Porém, 1º Trim. de 2017: As obras da carne e o fruto do Espírito –
Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
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– Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 claramente notamos que existe uma
diferença entre estas duas reflexões. Em uma delas podemos ver nitidamente uma
imagem, que está se formando no espelho, enquanto na outra somente enxergamos a
parede. Reflexão regular: é a reflexão que ocorre numa superfície lisa e polida.
Exemplo: espelho. Reflexão difusa: é a reflexão que ocorre numa superfície
irregular. Nesta reflexão os raios espalham-se desordenadamente em todas as
direções.…” (Reflexão da luz.
http://www.google.com/search?q=cache:4A2hQ5AKlXQJ:www.lasallecaxias.com.br/alunos/fisica/espelhos/eplano.htm+%22r
eflex%C3%A3o+da+luz%22&hl=pt-BR Acesso em 30 nov.2004). - Para que o homem,
pois, produza o fruto segundo a espécie, segundo a posição e a natureza para o
qual foi criado, é necessário que o pecado seja extirpado, seja retirado do
homem, que foi, precisamente, o que Jesus veio fazer quando encarnou (Jo.1:29).
Por isso, o primeiro anúncio público de Cristo em Seu ministério, feito por
João Batista, tinha por objetivo esclarecer o homem de que esta era a função
primordial de Cristo entre nós: tirar o pecado do mundo. - Diante disto, vemos,
claramente, que o fruto do Espírito Santo está vinculado indissociavelmente à
salvação, ao perdão dos pecados, à comunhão com Deus. Quando se fala em
produção do fruto do Espírito, está-se a falar de salvação, de uma existência
em comunhão com o Senhor. Por isso, Jesus aliou o fruto do Espírito à verdade
ou falsidade em servi-l’O. Pelos frutos sabemos se alguém é um verdadeiro
crente ou se é um falsário (Mt.7:15-20). Ao vincular o fruto à verdade, Jesus,
uma vez mais, deixa-nos bem esclarecido que a presença do fruto do Espírito é a
prova se temos por pai a Deus ou o diabo (Jo.8:38-45). - É precisamente este o
tema da ilustração da videira verdadeira a que Jesus Se refere no meio de Suas
últimas instruções e que se encontra registrada no capítulo 15 do evangelho
segundo escreveu João. Jesus começa a ilustração dizendo ser a videira
verdadeira e o Pai, o lavrador. - O Pai é o lavrador porque é Ele quem assumiu
a posição de coordenar e supervisionar o plano da criação e da salvação do
homem. O homem foi criado por todas as três Pessoas divinas, como nos dá conta
a forma plural do verbo em Gn.1:26, ou seja, “façamos”. Todavia, coube ao Pai a
tarefa de organizar e dirigir a ação de salvação do homem, tanto que é dito
pelas Escrituras que foi quem enviou o Filho (Jo.3:16), como quem determinou
qual seria a obra a ser executada pelo Filho (Jo.17:4). Aqui, uma vez mais, o
Senhor Jesus mostra que o Pai foi o lavrador, ou seja, quem plantou a videira
verdadeira, quem providenciou o meio de salvação, a vida aos homens, o retorno
à comunhão entre Deus e os homens. - O Filho, por sua vez, é a videira
verdadeira, ou seja, é o ser que tem a vida, é quem concede vida ao homem. Não
há como obter vida, que nada mais é que a comunhão com Deus (pois morte é a
separação provocada pelo pecado), a não ser por intermédio de Jesus. Ele é o
ser vivo, o verdadeiro ser vivo. Quem está ligado na videira, tem vida, tem a
verdadeira comunhão com Deus. Quando observamos a estrutura de um vegetal
superior, como é a videira, vemos, claramente, que a posição de Cristo na vida
espiritual do crente é absolutamente central, daí porque ter o Senhor afirmado,
com pertinência integral, de que “sem Ele nada podemos fazer” (Jo.15:5 “in
fine”). Senão vejamos: a) Na ilustração, Jesus é a raiz – Quando se diz que
Jesus é a videira verdadeira, é dito que Ele é a raiz. Ora, “…a raiz é o órgão
geralmente subterrâneo, especializado em fixação da planta ao solo, absorção de
água e substâncias dissolvidas, transporte de água e solutos às partes aéreas,
armazenamento (as plantas bienais armazenam na raiz durante o primeiro ano
reservas que utilizarão no segundo ano para produzir flores, frutos e
sementes)…” (Morfologia de plantas vasculares. A organização do corpo das
plantas: raiz. http://www.biologia.edu.ar/botanica/tema1/1-7raiz.htm Acesso em
30 nov. 2004) (tradução nossa). Jesus é, portanto, o único fundamento da vida
espiritual verdadeira (I Co.3:11), a única fonte de alimento espiritual para o
homem (Jo.6:35,48), Aquele que sustenta a vida espiritual até o fim (Sl.66:9;
119:116; Ef.5:29). b) Na ilustração, Jesus é o caule – Quando se diz que Jesus
é a videira verdadeira e que nós somos os ramos, também é dito que Jesus é a
parte principal do caule. Ora, “…o caule é órgão que liga o sistema radicular(a
raiz, observação nossa) ao sistema foliar(às folhas, observação nossa).(…). É o
órgão do vegetal que se desenvolve na atmosfera, com geotropismo negativo,
geralmente clorofilado e que sustenta as gemas, os ramos, as folhas, as flores
e os frutos. Em sua extremidade encontra-se a gema apical e em sua base a 1º
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do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 raiz.…” (Caule.
http://www.consulteme.com.br/1b/biologia/caule.htm Acesso em 30 nov. 2004).
Jesus é aquele que liga o homem a Deus, o único mediador entre Deus e os homens
(I Tm.2:5), é Ele quem faz a unidade da Igreja (Gl.3:28), é Ele quem sustenta a
vida da Igreja (Sl.66:9; 119:116; Ef.5:29). - Já os crentes são comparados aos
ramos, que são parte do caule, mas que, ao contrário da parte principal do
caule, não está ligado ao chamado “nó vital”, que é a região que separa a base
do caule da raiz. Aqui a raiz e a base do caule são o próprio Jesus e, por
isso, n’Ele está concentrada a vida, não nos ramos, que nada mais são que
desenvolvimentos das chamadas gemas ou gomos, “…também chamadas botões, [que]
são um esboço de órgão vegetal, susceptível de evoluir de forma e que dá origem
ou a um ramo dotado de folhas ou a uma flor.…” (Caule.
http://www.consulteme.com.br/1b/biologia/caule.htm Acesso em 30 nov. 2004).
Vemos, pois, que os crentes são “esboços da videira”, isto é, imagens da
planta, que revelarão a natureza da raiz e do caule, que indicarão a que
espécie nós pertencemos. - Dentro deste quadro pintado por Jesus, temos a
consciência de que, como ramos, temos de nos desenvolver, temos de crescer,
temos de frutificar. O desenvolvimento, o crescimento, a frutificação é do
ramo, ainda que abastecido pelo caule e pela raiz. Assim, embora tenhamos de
obter de Cristo o alimento espiritual (que é a Palavra de Deus, o próprio Jesus
– Jo.6:33,51; I Co.10:17; Ap.19:13), é nossa tarefa fazer com que este alimento
produza o fruto correspondente, pois as folhas, as flores e os frutos, como nos
ensinam os botânicos, nada mais são que desenvolvimento dos ramos. - Jesus,
portanto, afirma que quem está em comunhão com Ele, quem está ligado na
videira, não tem como não dar fruto. “Quem está em Mim e Eu nele, esse dá muito
fruto” (Jo.15:5 “in medio”). Notemos que o Senhor não diz que quem está n’Ele
pode dar muito fruto, mas é categórico ao dizer que dá muito fruto. É uma
consequência inevitável da vida de comunhão com Jesus a presença de uma conduta
que seja de acordo com a Palavra de Deus. Quando não temos pecado a impedir
nossa comunhão com Deus, passamos a refletir a glória de Deus e, portanto, é
evidente a imagem de Deus em nós, ou seja, nossas ações passam a mostrar que
temos a mesma natureza divina, que somos parecidos com Cristo. Foi, por isso,
que os crentes em Antioquia foram chamados de “cristãos”, que significa,
semelhantes a Cristo, parecidos com Cristo. Será que fazemos aquilo que Jesus
fez enquanto esteve entre nós? Como pergunta o poeta Gioia Júnior, num de seus
mais conhecidos poemas, “o que faria Jesus se estivesse em nosso lugar?” Será
que praticaria os mesmos gestos, as mesmas atitudes que temos praticado ?
Segundo o Senhor, é impossível que alguém seja crente e suas atitudes não sejam
as mesmas da videira verdadeira. Temos de dar o mesmo fruto que Jesus deu, se é
que somos da mesma espécie, se é que somos ramos, varas que estão em Jesus. - A
videira verdadeira, por outro lado, não é estática, não é parada, mas se trata
de uma planta e, como tal, tem vida, motivo por que sempre está crescendo.
Quando Jesus Se comparou a um ser vivo, quis deixar claro que Seu corpo não
estaciona, não fica parado, mas cresce a cada instante que passa. Quando vemos
a Igreja no livro de Atos dos Apóstolos, percebemos esta realidade. A Igreja sempre
vai crescendo e são varas as passagens que anunciam o crescimento da Igreja,
que não é um crescimento quantitativo tão somente, mas, sobretudo, um
crescimento qualitativo. Se a Bíblia faz questão de dizer que milhares de almas
eram acrescentadas (At.2:41; 4:4; 5:14; 8:6; 11:21), também não deixa de
mostrar que aqueles que se juntavam à Igreja eram ramos da videira verdadeira,
eram pessoas que se convertiam, que mudavam suas atitudes e seu modo de vida
(At.2:41-47; 4:4,32-34; 8:12; 11:21). - Jesus, nesta ilustração, portanto,
mostra-nos que devemos sempre crescer na vida espiritual, que não é possível
estacionarmos na caminhada de comunhão com Deus. Quem não cresce é porque não
está ligado à videira verdadeira. Os ramos são desenvolvimento dos gomos e,
portanto, têm de estar sempre crescendo. Jesus afirmou que quem está ligado
n’Ele, esse dá muito fruto, ou seja, demonstra ter vida através da
frutificação. Caso não haja vida, ou seja, caso haja um estacionamento (que não
é estacionamento, mas retrocesso, pois a dimensão espiritual é dinâmica, é
dotada de movimento), o Senhor é bem claro, a pessoa que não está frutificando
é pessoa que não está em Jesus e, portanto, “será lançado fora, como a vara, e
secará, e os colhem, e lançam no fogo, e ardem.”(Jo.15:16). 1º Trim. de 2017:
As obras da carne e o fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a
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0300-X C/c 35.720-0 - Uma característica interessante da videira é que quanto
mais o ramo se aproximar da posição vertical, maior será o seu vigor. Assim,
quanto mais nos aproximarmos do Senhor, quando mais tivermos como foco de nossa
vida espiritual Jesus, o autor e consumador da nossa fé, que está sentado à
destra de Deus, quanto mais pensarmos nas coisas que são de cima, mais
frutificaremos, mais cresceremos espiritualmente. - Entretanto, quem estiver
frutificando também não está numa posição de imobilização. O Senhor Jesus disse
que todo aquele que dá fruto é limpo, para que dê mais fruto (Jo.15:2), ou
seja, o salvo também passa por um processo da parte do Senhor. Não o processo
de exclusão, de morte, como o que não dá fruto, mas o processo da santificação,
da purificação, o processo da “poda”, que tem por objetivo aumentar a sua
capacidade de frutificação. OBS: “…A poda adequada é essencial para que uma
árvore desenvolva uma estrutura forte e uma forma desejável. As árvores que
recebem as medidas de poda apropriadas quando são jovens precisarão de pouca
poda corretiva em sua idade adulta.…” (La página hispana de la Sociedad
Internacional de Arboricultura. La poda de árboles jóvenes (Pruning young
trees).
http://www.google.com/search?q=cache:4o37AqCW7iAJ:www.isahispana.com/pubs/pruning.htm+poda&hl=pt-BR
Acesso em 30 nov. 2004) (tradução nossa) - Por isso, não podemos concordar com
aqueles que veem a vida cristã como uma vida de sucessos, êxitos e
prosperidade, mormente do lado material, sem dificuldades, problemas ou
desafios a enfrentar. O verdadeiro salvo é aquele que, quando cresce
espiritualmente, sofre um processo de “poda”, ou seja, acaba “sendo cortado”,
acaba “sofrendo dor”, com o intuito de se tornar mais limpo e em condições de
dar mais fruto no reino de Deus. O processo da poda é doloroso, mas tem em
vista um propósito sublime: o crescimento espiritual. A poda tanto pode ser
“seca”, que é aquela que retira galhos frágeis para que a seiva circule apenas
nos galhos frondosos, ou seja, podemos ser alvo da retirada de certas
atividades, de certas áreas de nossas vidas, que eram indicações de fraqueza
espiritual, para que aprendamos a depender mais e mais do Senhor, como também
podemos sofrer a chamada “poda verde”, que é aquela que ocorrem em pleno
período vegetativo da videira, ou seja, quando estamos em pleno instante de
crescimento e de vigor espiritual,, cujo objetivo é “…eliminar a brotação mal
situada ou inútil, com o propósito de obter uma maior ventilação e insolação no
vinhedo…” (Sindicato Rural de Jundiaí e Embrapa vinho e uva. Videiras.
http://www.google.com/search?q=cache:S8L5lzaCxpcJ:www.cotrisoja.com.br/artigos/2004-11/art-2004-11-
003.html+%22poda+verde%22&hl=pt-BR Acesso em 30 nov. 2004), ou seja,
permitir que o nosso crescimento espiritual possa, também, contribuir para o
crescimento da comunidade a que pertencemos. - A ilustração feita pelo Senhor é
de uma propriedade absoluta, singular, a demonstrar como Deus conhece, perfeitamente,
a natureza que criou e como toda e qualquer aplicação escriturística de coisas
naturais às espirituais é perfeita. Ensinam os vinicultores que “…a videira, em
seu meio natural, pode atingir grande desenvolvimento. Nessas condições, a
produtividade não é constante e os cachos são pequenos e de baixa qualidade. Ao
limitar o número e o comprimento dos sarmentos, a poda seca proporciona um
balanço racional entre o vigor e a produção, regularizando a quantidade de uva
produzida e sua qualidade. A poda verde constitui-se num importante complemento
da poda seca para melhorar as condições do dossel vegetativo do vinhedo.…”
(Embrapa Vinho e Uva. Uvas americanas e híbridas para processamento em clima
temperado. http://www.google.com/search?q=cache:KEiX5DjrJREJ:sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/UvaAmerican
aHibridaClimaTemperado/poda.htm+%22poda+verde%22&hl=pt-BR Acesso em 30 nov.
2004). Vemos, portanto, que o objetivo de Cristo ao limpar os ramos é o de
proporcionar um crescimento equilibrado, um crescimento que cumpra os
propósitos estabelecidos por Deus para a Igreja aqui na Terra. - Assim, quando
somos provados pelo Senhor, embora isto possa nos trazer alguma dor imediata
(pois a poda é um corte), devemos ter consciência de que isto é uma
demonstração de que estamos vivos, de que somos parte da videira verdadeira,
pois, como diz Jesus, somente quem está em Cristo é que é limpo e esta limpeza
se fará pela Palavra do Senhor (Jo.15:2,3). Portanto, não façamos como os
amigos de Jó que, ao verem o velho patriarca sendo provado, de imediato o
acusaram de pecado, pois nem sempre a provação é resultado de uma atitude de
separação do Senhor, mas, muitas vezes, é exatamente a indicação do contrário.
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do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 II – AS CONDIÇÕES PARA A FRUTIFICAÇÃO
ESPIRITUAL - Após termos visto a riqueza da ilustração da videira verdadeira
quanto ao papel de cada um na vida espiritual, é preciso que avaliemos as
condições em que se dá a frutificação. Todos temos de frutificar, como bem
vimos, algo que é necessário desde a criação do homem e que foi distorcido por
causa do pecado. Mas, como é possível esta frutificação? O que é necessário
para que alguém frutifique? - A primeira condição é a de “estar em Jesus” e de
“Jesus estar no crente” (Jo.15:4 “in initio”). Estar em Jesus e Jesus estar no
crente significa “comunhão”, ou seja, que tudo o que for nosso é de Cristo e
viceversa. Quando alguém aceita a Cristo como seu Senhor e Salvador, o Senhor
vem habitar no crente (Jo.14:23). Não mais vivemos, mas Cristo passa a viver em
nós (Gl.2:20), de modo que a vontade do Senhor passa a ser a nossa vontade e é
por isso que tudo que pedirmos em nome do Senhor será feito (Jo.15:7).
Estabelecer comunhão com Cristo é não permitir que qualquer área de nossa vida
fique sujeita ao nosso ego, aos nossos desejos, mas que tudo seja entregue a
Cristo, é viver uma vida sem qualquer reserva ao Senhor. - Quando temos
comunhão com o Senhor, andamos segundo o espírito, ou seja, seguimos a
orientação do nosso espírito que, por sua vez, é dirigido e orientado pelo
Espírito Santo. Há uma perfeita ligação entre o Espírito Santo e o nosso
espírito e, por isso, dominamos a natureza pecaminosa que ainda existe em nós
(e que somente será aniquilada por ocasião da nossa glorificação, no
arrebatamento da Igreja). Sem esta comunhão, não é possível que produzamos o
fruto do Espírito Santo, pois somente se, voluntariamente, nos submetemos à
vontade de Deus é que poderemos realizar ações e condutas que estejam de acordo
com a Palavra do Senhor, que evidenciem que somos participantes da natureza
divina. - Ser crente é produzir o fruto do Espírito Santo. Produzir o fruto do
Espírito Santo é seguir a vontade de Deus nas nossas vidas. Quão diferente é
esta realidade bíblica do que andam dizendo por aí. Ser crente não é ter
poderes sobrenaturais, não é fazer sinais, maravilhas ou prodígios, não é impor
a sua vontade e os seus caprichos a Deus. Ser crente é se submeter
voluntariamente ao Senhor e fazer a Sua vontade, transformar a nossa vontade em
vontade do Senhor. Ser crente não é ser um “pequeno deus”, um “super-homem”,
mas um ramo da videira verdadeira, um prolongamento do Senhor, uma “longa
manus” (ou seja, uma mão longa) de Deus sobre a face da Terra. OBS: “…A
preocupação com os dons. O mesmo Espírito Santo que nos guia na santidade e
produz fruto em nós também distribui os dons espirituais aos crentes. Parecemos
muito mais interessados nos dons do Espírito do que no fruto, a despeito do
ensino claro na Bíblia de que alguém pode possuir dons e ser imaturo no
progresso espiritual. A carta de Paulo aos Coríntios deixa isso muito claro.…”
(SPROUL, R.C. O fruto do Espírito. Disponível em:
http://www.ocalvinismo.com/2011/11/o-fruto-do-espirito-r-c-sproul.html Acesso
em 22 nov. 2016). - O que fazer para ter comunhão com Deus? O próprio Jesus
responde a esta indagação, dizendo que o primeiro passo para sermos limpos, ou
seja, pertencermos à videira como ramos frutíferos, é “sermos limpos pela
palavra que Jesus tem falado” (Jo.15:3). Ponto fundamental para que tenhamos
comunhão com Deus é conhecermos e praticarmos a Palavra de Deus. Daí porque ser
tão importante e essencial que o crente leia e medite na Bíblia Sagrada,
participe de reuniões onde se ensine e se pregue a Palavra de Deus. - Não há
elemento que proporcione mais a santificação do crente, a sua contínua
aproximação de Deus, que nos permita ficar cada vez mais ligado na videira
verdadeira do que a Palavra do Senhor. São as Escrituras que testificam de
Jesus (Jo.5:39), é a Palavra do Senhor que nos concede vida (Sl.119:116,117).
Somente quando escondemos a Palavra de Deus em nossos corações não pecamos
contra o Senhor (Sl.119:11). Se queremos pertencer à videira verdadeira,
precisamos saber o que é a verdade, produzir verdade, e a Palavra do Senhor é a
verdade que santifica (Jo.17:17). - A perda de espaço que a Palavra de Deus tem
tido na vida de muitas pessoas é a razão de elas não estarem mais frutificando,
é o motivo pelo qual muitos têm sido cortados e lançados fora da videira
verdadeira. Não há como estarmos em Jesus se não formos limpos pela Palavra
(Jo.15:3), se não meditarmos na lei do Senhor de dia e de noite (Sl.1:2). É
indispensável que sejamos limpos pela Palavra para que produzamos o 1º Trim. de
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0300-X C/c 35.720-0 fruto do Espírito. É preciso que as palavras de Jesus
estejam em nós para que tenhamos vida e vida com abundância, pois as palavras
do Senhor são espírito e vida (Jo.6:63). - O apóstolo Paulo, no seu discurso ao
rei Agripa, fez questão de ressaltar que nunca ia além do que havia sido
revelado pelas Escrituras, “…não dizendo nada mais do que o que os profetas e
Moisés disseram que devia acontecer…” (At.26:22b). A vida do apóstolo Paulo é
uma vida de contínua alusão às Escrituras, de identificação com a Bíblia
Sagrada. - A segunda condição para que produzamos fruto do Espírito Santo é o
cumprimento da Palavra do Senhor pelo crente. Não basta sermos ouvintes da
Palavra e que, através dela, tomemos decisão de servir mais e mais ao Senhor,
mas devemos ser praticantes desta Palavra, devemos cumpri-la. Jesus disse que o
salvo é aquele que guarda os Seus mandamentos (Jo.15:10 “in initio”), aquele
que faz o que Ele manda (Jo.15:14). Fazer o que Jesus manda nem sempre é fácil.
Aliás, quase sempre é motivo para que sejamos confrontados com todos aqueles
que nos cercam e que não servem a Cristo, é “ser do contra”, é “remar contra a
maré” (Ef.2:1-3). Entretanto, este é um preço que temos de pagar, pois, quando
aceitamos a Cristo, renunciamos a nós mesmos e tomamos a nossa cruz, ou seja,
assumimos a responsabilidade de fazer a vontade de Deus, que é o que consta na
Sua Palavra (Mt.16:24; Mc.8:34; Lc.9:23; 14:33). - Fazer o que Jesus manda é o
que sempre devemos fazer. Fazer o que Jesus manda é produzir o fruto do
Espírito Santo. Fazer o que Jesus manda é negar a si mesmo. Fazer o que Jesus
manda é, muitas vezes, desafiar a lógica humana, as estruturas pecaminosas da
sociedade e, porque não dizer, do próprio poder estabelecido nesta geração
perversa. Fazer o que Jesus manda é se revoltar contra o mundo e todo o sistema
maligno em que ele está imerso. Mas, quando fazemos o que Jesus manda,
glorificamos o Pai, porque provamos que somos discípulos de Cristo e produzimos
o fruto do Espírito Santo e, como disse Jesus, “nisto é glorificado meu Pai”
(Jo.15:8a). E, se glorificamos a Deus, por Ele seremos glorificados, pois “não
negará bem algum aos que andam na retidão” (Sl.84:11b) e “…se morrermos com
Ele, também com Ele viveremos; se sofrermos, também com Ele reinaremos…” (II
Tm.2:11b,12a) ou, ainda, “…se alguém Me servir, Meu Pai o honrará.”
(Jo.12:26b). - A terceira condição para que se produzir o fruto do Espírito é a
perseverança. É preciso “permanecer no amor de Deus”. O apóstolo Paulo
recomenda que sejamos firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor
(I Co.15:58). O segredo da salvação está em que devemos ser fiéis a Deus e
estar em comunhão com Ele hoje, até o dia de hoje, como Paulo afirma em seu já
mencionado discurso ao rei Agripa, quando diz que “…ainda até ao dia de hoje
permaneço… “(At.26:22 “in medio”). - O tempo do crente se chama hoje (Hb.3:13),
ou seja, “este dia” ( a palavra hoje vem do latim “hodie”, que, por sua vez, é
a. corruptela da expressão “hoc die”, i.e., “neste dia”), que nada mais é que
todos os dias. Precisamos permanecer em Cristo até o dia do arrebatamento da
Igreja ou, se Jesus tardar mais do que nossas existências físicas, até o final
de nossa vida sobre a face da Terra. A vitória está em perseverar até o fim
(Mt.24:13). Não nos iludamos com o “tempo de casa”, pois ser crente não é igual
a ter tempo de serviço, pois, se formos fiéis durante toda a nossa vida e, no
último instante, pecarmos, estaremos irremediavelmente perdidos (Ez.18:24).
Perseveremos e nos mantenhamos firmes na casa do Senhor. - “Permanecer”, no
original grego (“meno” – μένω), é “estar firme”, “estar em pé”, “manter
posição”. Quando aceitamos a Cristo, diz-nos a Bíblia, fomos transportados da
potestade das trevas para o reino do Filho do Seu amor (Cl.1:13), fomos tirados
dum lago horrível, dum charco de lodo e tivemos nossos pés colocados sobre uma
rocha, onde os nossos passos foram firmados (Sl.40:2) e não podemos sair deste
lugar no qual fomos postos pela imensa misericórdia do Senhor. - Devemos
permanecer, a despeito de tudo o que nos aconteça, pois para que produzamos o
fruto do Espírito, é indispensável, é absolutamente necessário que mantenhamos
a nossa posição, que perseveremos. Este foi o erro dos anjos caídos, que
deixaram a sua própria habitação e, por isso, estão reservados para a 1º Trim.
de 2017: As obras da carne e o fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a
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escuridão (Jd.6). Não deixemos a nossa habitação, nem saiamos do nosso lugar,
para que alcancemos a vitória por intermédio de Cristo Jesus, porque a
habitação dos justos é abençoada pelo Senhor (Pv.3:33). - A quarta condição
para a produção do fruto do Espírito é a existência do amor divino no crente.
“O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”
(Jo.15:12). “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra
e em verdade. E nisto conhecemos que somos da verdade e, diante d’Ele,
asseguraremos nossos corações” (I Jo.3:18,19). - A presença do amor divino, o
amor desinteressado, o amor descrito em I Co.13 na vida de cada crente é a
maior prova de que estamos ligados no Senhor. A multiplicação da iniquidade
fará com que muitos crentes sucumbam, diz-nos a Bíblia, e isto ocorrerá porque
o “amor de muitos (no original, quase todos) se esfriará.” (Mt.24:12). A
situação espiritual da humanidade tem piorado sensivelmente porque muitos
crentes têm perdido o amor de Deus nas suas vidas. A falta de amor é a maior
prova do desvio espiritual e o que mais tem ocorrido no meio dos que cristãos
se dizem ser nos nossos dias. O amor é o elemento principal do fruto do
Espírito e se não amarmos como Deus nos ama, fatalmente seremos lançados fora
da videira verdadeira: “aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”
(I Jo.4:8). III – OS FATORES INDISPENSÁVEIS PARA UMA COLHEITA ABUNDANTE - Para
que tenhamos uma colheita abundante, ou seja, para que a produção de frutos
seja farta na videira verdadeira, é preciso que tenhamos a poda seca e a poda
verde, que são feitos pelo lavrador, bem como que se tenha uma perfeita
comunicação entre os ramos e a raiz e o caule principal. - Ora, como já vimos
supra, a poda seca e a poda verde são realizadas pelo Pai. Deus nos prova e nos
faz passar por tribulações, para que tenhamos condições de frutificar melhor,
“…pois que, por muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus”
(At.14:22b). A tribulação melhora o nosso caráter, o que significa afirmar que
faz com que frutifiquemos mais. - Quando observamos as práticas de poda entre
os vinicultores, percebemos que as podas são diferentes umas das outras e levam
em conta as condições específicas de cada planta, o tipo de solo em que estão,
o clima da região onde se encontram as videiras, os tipos das gemas (que são os
“botões’) e os aspectos sanitários envolvidos. Isto nos mostra, claramente, que
cada indivíduo, cada ramo terá um tratamento especial da parte do lavrador. A
minha prova não é idêntica a do irmão, nem podemos reclamar ou achar que
estamos sendo mais provados do que A ou B. Como diz a poetisa sacra Frida
Vingren: “não desanimes por ser tua cruz maior que a do teu irmão. A mais
pesada levou teu Jesus, te consola então. A tua cruz vai levando, como Jesus
perdoando, alegremente andando pr’o lindo céu.” (2ª estrofe do hino 394 da
Harpa Cristã). - Mas, para que tenhamos uma colheita abundante, é preciso que
os ramos sejam bem alimentados. Somente se houver uma perfeita comunicação
entre os ramos e o caule principal, que distribui a seiva para todo o vegetal,
teremos condições de uma boa e farta produção. Quanto a este ponto, sabemos que
a raiz e caule principal da videira verdadeira, que é o próprio Jesus, é o
próprio pão do céu, é o próprio alimento, que basta e é suficiente para nos
fortalecer de modo a que venhamos a dar uma boa produção. No entanto, para que
este alimento chegue até o nosso espírito, alma e corpo faz-se necessário que
não interrompamos a comunicação, ou seja, que tenhamos comunhão com o Senhor,
da forma supramencionada. Jesus fornece alimento aos Seus discípulos, mas
somente nos alimentaremos se tivermos comunhão com Ele. Alimentar-se de Cristo
não é participar da Ceia do Senhor, como defendem os católicos romanos, mas,
sim, pertencer a Jesus, estar submisso à Sua vontade. - Mas, dizem-nos os
técnicos, “…qualquer que seja o sistema de poda aplicado, o viticultor deverá
vigiar para que a futura área foliar e a produção tenham as melhores condições
de aeração, calor e luminosidade.(Embrapa Vinho e Uva. Uvas americanas e
híbridas para processamento em clima temperado.
http://www.google.com/search?q=cache:KEiX5DjrJREJ:sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTM
1º Trim. de 2017: As obras da carne e o fruto do Espírito – Como o crente pode
vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente Portal Escola Dominical
– www.portalebd.org.br Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor
em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag.
0300-X C/c 35.720-0
L/Uva/UvaAmericanaHibridaClimaTemperado/poda.htm+%22poda+verde%22&hl=pt-BR
Acesso em 30 nov. 2004). Em vista disto, sabemos que o Pai, que é o lavrador,
cuida para que nós, os ramos, tenhamos as melhores condições para recebermos
ar, calor e luminosidade, ou seja, para que venhamos a ser atingidos pelo vento
do Espírito Santo, pelo fervor do Espírito Santo e pela luz da Sua Palavra. Por
isso, para que frutifiquemos, o Senhor tomou as seguintes providências: a)
Mandou-nos o Espírito Santo, que habita em nós e nos orienta e dirige, de modo
a que possamos sempre saber qual é a vontade de Deus para as nossas vidas e
mantenhamos a nossa comunhão com o Senhor (Jo.16:13-15; Rm.8:9-17). Cada
crente, pois, está sempre “arejado”, nas melhores condições de “aeração”. b)
Deixou à disposição dos discípulos o batismo com o Espírito Santo e os dons
espirituais (I Co.12:1- 4,27-31), através dos quais podemos crescer na graça de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e aumentar nosso fervor no Espírito Santo,
d’Ele nos enchendo (Ef.5:18). Cada crente, pois, está sempre nas melhores
condições de calor que poderia haver. c) Providencia para que a Igreja seja
dotada de ministros, de portadores dos dons ministeriais, a fim de que possa
crescer no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mediante a
exposição e o ensino da Palavra do Senhor, promovendo o nosso aperfeiçoamento
espiritual (Ef.4:11-16). Cada crente, pois, está sempre nas melhores condições
de luminosidade que poderia haver. - Mas, além disto, vemos que “…na videira
não se distinguem gemas vegetativas e gemas frutíferas, como em muitas
espécies, mas sim somente gemas mistas, que originam brotos com inflorescências
e folhas ou somente folhas. A gema da videira é composta, sendo a principal
chamada de primária, que dá origem a um broto frutífero; as outras duas são
chamadas de secundárias, que geralmente brotam quando ocorrer algum dano com a
gema primária (geada, granizo, vento, dano nas gemas superiores), as quais dão
origem a brotos que podem ser férteis ou não.…” .(Embrapa Vinho e Uva. Uvas
americanas e híbridas para processamento em clima temperado.
http://www.google.com/search?q=cache:KEiX5DjrJREJ:sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTM
L/Uva/UvaAmericanaHibridaClimaTemperado/poda.htm+%22poda+verde%22&hl=pt-BR
Acesso em 30 nov. 2004). Isto nos mostra que os “botões” da videira nunca estão
sozinhos, dependem uns dos outros, pois nunca estão solitários. Temos aqui uma
outra demonstração da perfeição da ilustração de Cristo, pois também a Sua
Igreja não é feita de ramos isolados uns dos outros, mas que dependem uns dos
outros. - Por isso mesmo, além dos dons ministeriais já aludidos, o Senhor
também dá à Igreja os dons de serviço (Rm.12:1-8) e dos dons espirituais (I
Co.12:1-1-11), precisamente para fazer com que haja o crescimento de todo o
corpo de Cristo, de todos os salvos, na interdependência, que se verifica, no
texto sagrado, nas diversas oportunidades em que se nota a necessidade de haver
ações de “uns aos outros” e de “uns dos outros”, já que devemos: lavar os pés
uns aos outros (Jo.13:14); amar uns aos outros Jo.13:34,35;15:12,17; Rm.12:10;
13:8; I Ts.4:9; I Pe.1:22; I Jo.3:11,23; 4:7,11,12; II Jo.5); preferir em honra
uns aos outros (Rm.12:10); receber uns aos outros (Rm.15:7); admoestar uns aos
outros (Rm.15:14; Cl.3:16); servir uns aos outros (Gl.5:13); suportar uns aos
outros em amor (Ef.4:2. Cl.3:13); perdoar uns aos outros (Ef.4:32; Cl.3:13);
sujeitar-nos uns aos outros no temor de Deus (Ef.5:21; I Pe.5:5); consolar uns
aos outros (I Ts.4:18); exortar uns aos outros (I Ts.5:11; Hb.3:13; 10:25);
considerar-nos uns aos outros (Hb.10:24); confessar a culpa uns aos outros
(Tg.5:16); ser membros uns dos outros (Rm.12:5; Ef4:25); levar as cargas uns
dos outros (Gl.6:2); ter igual cuidado uns dos outros (I Co.12:25). - Deus
criou o homem um ser social e, embora cada indivíduo tenha de se relacionar com
Deus por si, pois a responsabilidade de cada um é pessoal, este relacionamento
nunca é feito com desprezo do outro, do próximo. Ao dar a ilustração da videira
verdadeira, Jesus fez questão de enfatizar em Seu mandamento que nós deveríamos
amar uns aos outros (Jo.15:12). A vida espiritual não é uma vida isolada, a
vida de um solitário, mas a vida de alguém que leva em consideração o outro,
uma vida que leva em conta o próximo. Por isso, o primeiro e grande mandamento,
que diz respeito ao relacionamento entre o indivíduo e 1º Trim. de 2017: As
obras da carne e o fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira
batalha espiritual travada diariamente Portal Escola Dominical –
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0300-X C/c 35.720-0 Deus, é complementado pelo mandamento do amor ao próximo. É
impossível que um ramo da videira verdadeira frutifique se não levar em conta
os outros ramos, pois os ramos se originam de botões compostos, botões que não
são isolados, mas que são um conjunto. O corpo de Cristo é formado de mais de
um membro necessariamente e a presença de Deus exige a presença de dois ou três
reunidos em Seu nome (Mt.18:20). Não é outra a razão pela qual a marca da
verdade na lei de Moisés somente se dava quando houvesse duas ou três
testemunhas concordes (Dt.19:15; Mt.18:16). Desta forma, é um fator
indispensável para a frutificação que amemos o próximo como a nós mesmos, que
levemos em conta o próximo, ou seja, o outro. - É por este motivo que Jesus
disse que deveríamos viver para servir e não para ser servidos, seguindo-Lhe o
exemplo (Mt.20:26-28; Jo.13:14,15). Não é possível que frutifiquemos sem que
levemos em conta o próximo, sem que sejamos altruístas e que nos amemos uns aos
outros. - A interdependência existente na videira é fantástica. Senão vejamos
(dados obtidos no artigo já mencionado da Embrapa Vinho e Uva): a) A videira
normalmente frutifica em ramos do ano que se desenvolvem de sarmentos do ano
anterior – a frutificação do ramo é resultado de todo um sustento e de todo um
trabalho feito durante um ano por todo o restante do vegetal. O ramo surge na
videira em um ano, mas somente frutificará no ano seguinte, ou seja, o vegetal
todo se alimentou e se desenvolveu em benefício deste botão que somente
produzirá fruto no ano seguinte. Assim deve ser na Igreja, também: devemos
tomar trabalhar e servir ao outro, para que ele, a seu tempo, dê o necessário
fruto para o Senhor. b) O ramo que proporcionou um broto frutífero não produz
novamente, por isso deve ser substituído por outro que ainda não tenha
produzido. A preocupação deve ser o presente (próxima safra), mas não se pode
esquecer o futuro (safras subsequentes). – O ramo que produziu não mais produz,
o que nos fala aqui que nosso tempo é hoje, que não podemos perder a
oportunidade de produzir o fruto. Entretanto, a videira nos ensina que devemos
estar prontos para ser substituídos por outrem, ou seja, é necessário que
distribuamos o que aprendemos do Senhor aos demais, para que a obra não sofra
solução de continuidade. Devemos pensar no presente, mas também no futuro.
Devemos ser desprendidos e lembrarmos que somos apenas um membro do corpo de Cristo,
que deve seguir avante. Quantos, hoje, não pensam assim e, por causa disto, a
obra do Senhor está a sofrer terrivelmente. c) A frutificação é em geral
inversa ao vigor, pois a produção de uva reduz a capacidade da videira para a
próxima safra ou safras. As videiras com altas produções apresentam menos vigor
e terão menores produtividades no ano seguinte ou nos anos seguintes. –
Evidentemente que esta observação dos técnicos não se aplica à videira
verdadeira, pois Jesus jamais perde o vigor, mas é aplicável aos ramos, que
estão ligados nesta videira. A fraqueza de um é a força do outro. O conjunto
dos ramos alcança o equilíbrio necessário e atinge a perfeição. Somente no
conjunto da Igreja o crente encontra o ambiente e as condições necessárias e
suficientes para superar todos os obstáculos. É na comunidade que o Senhor Se
faz presente e aperfeiçoa o Seu povo, seja através dos dons ministeriais, seja
através dos dons ministeriais. Por isso, não tem qualquer respaldo bíblico a
ideia do “self-service”, ou seja, de alguém servir a Deus isoladamente, sem
pertencer a qualquer comunidade, tão em vogo entre os chamados “desigrejados”.
d) O vigor individual dos ramos de uma videira é inversamente proporcional ao
seu número – Na videira, quantos mais vigorosos os ramos, menor será o seu
número. Na Igreja, quanto mais “supercrentes”, quantos mais “crentes fortes”,
menor será a produção da comunidade, menor será o crescimento. O apóstolo Paulo
foi bem claro ao dizer que, quando se sentia fraco, é porque estava forte.
Temos de nos negar a nós mesmos e nos aniquilar, para que Cristo apareça em nós
e, então, o poder de Deus se manifeste. O poder do Senhor se aperfeiçoa na
fraqueza e, por isso, temos de afugentar de nós o sentimento perverso e fatal
da igreja de Laodiceia, “que de nada tinha falta”. e) Os ramos mais afastados
do tronco são, em igualdade de condições, os mais vigorosos. As gemas mais
afastadas da base do ramo têm, em geral, maior fertilidade. – Na casa do
Senhor, nem sempre a posição 1º Trim. de 2017: As obras da carne e o fruto do
Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
diariamente Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Ajude a manter este
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Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 criada pelos homens,
nem sempre o anel do dedo ou o título traduzem uma realidade espiritual. Na
videira, os ramos mais afastados do tronco, ou seja, aqueles que,
aparentemente, estão mais longe da cúpula, da hierarquia, do governo, da
aparência de espiritualidade, são precisamente aqueles que têm mais graça e que
produzem mais na obra do Senhor. No Tribunal de Cristo, teremos muitas
surpresas, pois veremos como crentes anônimos, que, aparentemente, nada tinham
produzido, receberão galardões estupendos. Tomemos muito cuidado e vejamos como
estamos edificando sobre o fundamento, que é Cristo Jesus. f) O crescimento
regular gera entrenós com comprimento normal – Nas videiras, o comprimento dos
entrenós mostra a velocidade de crescimento. Quando o crescimento é regular,
isto é, feito de acordo com a natureza, os entrenós têm comprimento regular e,
por conseguinte, boas condições para o desenvolvimento das gemas frutíferas e
da maturação dos frutos. Entretanto, se não houver o crescimento regular, os
entrenós ou serão compridos demais, gerando sarmentos imaturos ou serão curtos
demais, porque tiveram nutrição deficiente. O crente deve crescer normalmente,
sem ser comprido demais, nem curto demais. Deve ser adequadamente nutrido, ou
seja, ensinado na Palavra do Senhor, para que venha a produzir um fruto
perfeito. Se não ocorrer um crescimento regular, se for “amadurecido”
velozmente ou se “passar do ponto”, fatalmente não frutificará e terá de ser
lançado fora. g) Os sarmentos maduros armazenam maior quantidade de reservas
(amido e sacarose) que sarmentos parcialmente maduros. – A maturidade
espiritual não se conta pelo tempo de vida na videira nem pelo tamanho do
sarmento, mas, sim, pela existência de reservas, ou seja, o crente maduro não é
o crente que tem muitos anos de crente, nem o crente que apresenta muito fervor
espiritual, mas, sim, o crente que, bem alimentado e estruturado na Palavra de
Deus e na vida de oração, tem reservas espirituais, tem “maná celestial”, tem
“azeite e mel”, tem experiência com Deus. IV – A DEMONSTRAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA
FRUTIFICAÇÃO DO CRENTE PARA CRISTO - Sabemos todos, de antemão que, quando
alguém considera um assunto importante, procura realçá-lo da melhor maneira
possível, notadamente quando se está diante de um discurso didático, ou seja,
de um discurso próprio de quem ensina. Uma boa aula, ensina a didática, sempre
terá de ressaltar os pontos fundamentais que precisam ser transmitidos aos
alunos. Pois bem, a questão da frutificação reveste-se de relevância para o
Senhor Jesus porque, além de ter elaborado a ilustração da videira e de seus
ramos, que é riquíssima, como tivemos ocasião de observar nesta lição, ainda
trata do tema em uma parábola e num episódio de Seu ministério, a comprovar,
pois, quão importante é o assunto para Ele. - Com efeito, quando observamos as
parábolas de Jesus, encontraremos a parábola da figueira estéril (Lc.13:6-9).
Nesta parábola, Jesus fala-nos de um homem que tinha uma figueira estéril na
sua vinha e que foi procurar nela fruto, não o achando durante três anos.
Diante disto, quis cortar a figueira, mas o vinhateiro convenceu-o a deixar a
figueira por mais um ano, tempo em que seria ela escavada e estercada. No final
do ano, caso desse fruto, seria poupada; se não, poderia ser dada ordem para
que fosse cortada. - Vemos, nesta parábola, uma nítida alusão a Israel e a
razão da inserção da Igreja no plano da salvação. Israel não produziu frutos
dignos de arrependimento durante a pregação do Evangelho por três anos por
parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Verifiquemos que a figueira não
foi plantada e, logo em seguida ao seu plantio, foi pedido que já desse frutos,
mas, já plantada, foi verificado que não produzia frutos há três anos, que é exatamente
o tempo do ministério de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Durante este
tempo, Deus quis que Israel cresse em Jesus e, portanto, passasse a dar o fruto
decorrente desta fé salvadora, mas nada foi encontrado durante este período. O
brado de Cristo para que os judeus se arrependessem e cressem no Evangelho
(Mc.1:14,15) não foi atendido e poucos foram os que deram crédito à Sua
pregação (Is.53:1). - Mesmo tendo sido infrutífero, Israel teve ainda uma
demonstração de misericórdia por parte do Senhor que, atendendo ao vinhateiro
(figura de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo), adiou por um breve período
(um ano), a sentença de corte, providenciando que houvesse o derramamento do
Espírito Santo e o início da 1º Trim. de 2017: As obras da carne e o fruto do
Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
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trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do
Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 dispensação da graça
(representado pelo escavar e pelo esterco da parábola), a fim de que pudessem
crer no Evangelho. Assim é que o Evangelho foi, primeiramente, pregado aos
judeus, para só depois alcançar os gentios, uma vez não tendo havido a
frutificação esperada da figueira estéril (cfr. At.13:46), falta de fruto esta
que levou à dispersão dos judeus e a destruição de Jerusalém e do templo no ano
70 d.C. - Esta parábola, portanto, embora referente à nação de Israel, é de
aplicação imediata à Igreja, o Israel de Deus (Gl.6:16), mostrando-nos que a
presença do fruto do Espírito é indispensável para que se demonstre haver vida
e comunhão com Deus. Assim como os judeus perderam o templo e a própria terra
da promessa por causa da rejeição a Jesus, que é a causa da esterilidade, temos
observado que muitas comunidades cristãs, ao longo da história da Igreja, têm
sofrido do mesmo mal. Depois de uma fase de despertamento e fervor espiritual,
lamentavelmente se deixam envolver pelas coisas desta vida e deixam, por isso,
de frutificar. Ao deixar de servir a Deus, tornam-se estéreis e, diante disto,
o dono da vinha também ameaça de corte esta figueira. Verdade é que o
vinhateiro, que continua a interceder pelos transgressores (Is.53:12), consegue
fazer com que a misericórdia do Senhor prevaleça e é dado um novo ano, com
escavar e esterco, para que haja a possibilidade de frutificação, mas,
infelizmente, o que temos visto é que muitos, a exemplo dos judeus, não reagem
a esta iniciativa da graça divina e têm sucumbido, sendo cortados da vinha. Que
Deus nos guarde e que possamos ser sensíveis à ação do Espírito Santo e,
enquanto é tempo, busquemos ao Senhor, antes que a noite venha, quando ninguém
mais poderá trabalhar, antes que chegue o tempo e sejamos cortados da vinha por
esterilidade. - Mas Jesus não apenas ensinou ou prometeu cortar o infrutífero,
mas o fez literalmente, aos olhos de todos os discípulos, como sinal evidente
de que não podemos jamais sequer pensar em deixar de dar fruto. Jesus, num
certo dia, saindo de Betânia, teve fome e avistou, de longe, uma figueira, que
estava perto do caminho e foi até ela, para ver se havia algum fruto, embora
não fosse tempo de figos. Ao apalpá-la, não encontrou qualquer fruto e, num registro
único no Seu ministério, amaldiçoou a figueira, dizendo que nunca mais ela
daria qualquer fruto. No dia seguinte, quando os discípulos ali passaram,
perceberam que a figueira havia se secado totalmente desde as raízes, o que
deixou os discípulos admirados, ao que Jesus lhes respondeu sobre o valor da fé
e de coisas maiores seriam feitas pela Igreja (Mt.21:18-22; Mc.11:12-26). - O
episódio mostra-nos como é agradável ao Senhor que nós frutifiquemos. Jesus
teve fome, ou seja, teve uma necessidade fisiológica que seria saciada por um
figo daquela figueira e, de longe, viu a figueira. Vemos, portanto, que,
espiritualmente falando, há uma necessidade de o crente satisfazer o Senhor com
as suas obras, pois isto satisfaz a Deus (cfr. Is.53:11 “in initio”). Temos de
agradar a Deus, isto é necessário, e somente O poderemos agradar se formos
frutíferos, se produzirmos o fruto do Espírito. - Jesus procurou fruto na
figueira, de modo que temos de observar que o nosso Senhor, ao contrário de
muitos que hoje estão à frente da obra, não é precipitado nem apressado. Ele
examina as coisas, conhece o que se passa no nosso interior e à nossa volta e
sabe o que temos feito e como temos feito. O Senhor sonda os nossos corações,
vê todos os nossos caminhos e, nesta investigação, muito bem sabe se temos
folhas apenas ou se produzimos algum fruto. Lembremo-nos de que o Senhor tudo
vê, que tudo é patente aos Seus olhos (Hb.4:13) e que, portanto, jamais
poderemos enganá-l’O. - Ao ver que nenhum fruto havia sido produzido, o Senhor amaldiçoou
a figueira, que, no outro dia, estava seca desde as raízes, completamente
morta. Isto nos mostra quão grave é a existência de um suposto crente no meio
do povo de Deus que seja infrutífero. Esta é a única vez que a Bíblia diz que
Jesus amaldiçoou uma criatura, a revelar quanto o Senhor abomina o crente
infrutífero, que crente não é, mas tão somente um morto espiritual, que
apresenta aparência de salvo, mas que está apenas perto do caminho, mas não no
caminho. O Senhor não tolerou que esta situação perdurasse e, de imediato,
assim como fez com Ananias e Safira, tratou de mostrar a real situação, a
realidade de morte que pairava sobre aquela figueira. - Devemos ter muito
cuidado, pois Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb.13:6) e continua a atuar
da mesma maneira. Após fazer o Seu exame, liquida as aparências enganosas e
revela quanto abomina a hipocrisia, a aparência de salvação que não resiste a
um exame cuidadoso sobre a presença do fruto do 1º Trim. de 2017: As obras da
carne e o fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
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Espírito. Estamos produzindo fruto? Se não estivermos, arrependamo-nos,
convertamo-nos a Jesus, pois, caso isto não ocorra, o juízo não tarda a chegar.
- Devemos ressaltar que o evangelista Marcos, numa situação paradoxal, afirma
que não era tempo de figos este em que a figueira se secou, o que causa
espécie, pois, se não era tempo de figos, por que, então, a figueira teria de
tê-los? Jesus não teria sido injusto com a figueira? Entretanto, quando vemos
os relatos históricos, observamos que as figueiras nascidas na região da
Galileia davam frutos durante dez meses no ano, de modo que o protótipo da
figueira era, precisamente, o de que dava frutos durante quase todo o ano,
independentemente de ser, ou não, tempo de figos. Isto nos mostra que o crente,
a exemplo destas figueiras da região onde Jesus primeiramente pregou e fez
diversos sinais, deve frutificar durante quase todo o ano, ininterruptamente,
seja, ou não, tempo, isto é, haja, ou não, circunstâncias humanas favoráveis para
a frutificação. - Note-se que, no episódio da figueira estéril, já havia
passado o tempo da produção dos frutos. Como salienta o Conciso Dicionário
Bíblico de S.L Watson e D. Ana, “…Em fevereiro, aparecem os figos, antes das
folhas, que somente um mês ou seis semanas mais tarde cobrem a figueira. O
fruto deve estar maduro quando as folhas estão bem desenvolvidas (Mt.21:19)…”
(Figueira. In: Conciso Dicionário Bíblico, p.70). O texto sagrado diz que este
tempo já havia passado e, apesar de tudo, não havia figos naquela figueira
(Mc.11:13). Temos um tempo para frutificar e se o desperdiçarmos, não teremos
senão que sofrer o juízo divino. Tomemos cuidado, amados irmãos! OBS: Como diz
o “pai da Igreja” Beda (672-735): “…Com fome, então, ou desejando a salvação da
humanidade, ele viu as folhas de figueira, ou o povo judeu com as palavras da
lei e dos profetas, e procurou o fruto das boas obras, tais como ensino,
correção , milagres, e não os encontrando, o condenou. Também nós, se não
quisermos ser condenados no julgamento por Cristo, devemos evitar ser árvores
estéreis, para oferecer ao pobre Jesus, o fruto da caridade que Ele precisa”.
(Cátena áurea. Mc.11:11-14. Disponível em: http://hjg.com.ar/catena/c348.html
Acesso em 22 nov. 2016) (tradução nossa de texto em espanhol). - Nem todos
produziremos a mesma quantidade de frutos. Na parábola do semeador, o Senhor
Jesus diz que um produziu trinta, outro sessenta e, por fim, outro cem
(Mt.13:23). Esta diferença de produção redundará em diferença de galardão quando
do Tribunal de Cristo, mas é de se ressaltar que a diferença está na
quantidade, não na qualidade. Todos terão produzido o fruto do Espírito, uns
mais abundantemente que outros, mas não há espaço para quem nada produziu, pois
fomos nomeados pelo Senhor Jesus para produzir fruto e fruto permanente
(Jo.15:16). - “…Estas virtudes caracterizam a vida cristã. Se somos cheios do
Espírito, vamos exibir o fruto do Espírito. Isso, porém, obviamente envolve
tempo. Não são ajustes superficiais do caráter que ocorrem da noite para o dia.
Tais mudanças envolvem uma reformulação das disposições mais íntimas do
coração, o que representa um processo de longa vida de santificação pelo
Espírito.…” (SPROUL, R.C. O fruto do Espírito. Disponível em:
http://www.ocalvinismo.com/2011/11/o-fruto-do-espirito-r-c-sproul.html Acesso
em 22 nov. 2016). - Que Deus nos abençoe para que sintamos a necessidade de
cuidarmos para frutificar e, assim, prosseguirmos nossa jornada para o céu,
porquanto somente os que se santificam verão a Deus (Hb.12:14) e não há
condição de produzirmos o fruto do Espírito se não vivermos em santificação.
Quem é santo, que se santifique ainda (Ap.22:11). Amém! OBS: “…Esta sim é a
verdadeira obra do Espírito, pois o Senhor está interessado num povo santo e de
boas obras, que busque a santificação, tenha caráter e santidade para que assim
possa fazer a diferença diante da pós-modernidade. Diante de tantas indagações
feitas pelo homem moderno à igreja deve oferecer respostas e estas têm que
serem apresentadas com diferença de vida e agir, pois se buscarmos apenas os
dons e não o fruto poderá causar espanto apenas pelas coisas miraculosas que
podem ser feitas, mas não pela diferença social e humana que devemos causar na
sociedade, impactando o homem moderno com atitudes que apresentem respostas
para as principais indagações dos homens nesta era pós-moderna, onde as vãs
filosofias dominam e a palavra poder e glória têm tomado conta do pensamento
globalizado.…” (BARROS, Michel. Fruto do Espírito: um desafio diário. 09 jun.
2008. Disponível em:
http://michelbarros.blogspot.com.br/2008/06/fruto-do-esprito-um-desafiodirio.html
Acesso em 22 nov. 2016).
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Dr.
Caramuru Afonso Francisco
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