sábado, 10 de novembro de 2012

JONAS

Jonas

Introdução

O Livro de Jonas conta a história de um profeta desobediente e sem compaixão. A história é simples e inesquecível. No início, o profeta desobedece a Deus e põe em risco a vida de muitos marinheiros não judeus. Mais tarde, quando, finalmente e, proclama aos ninivitas uma mensagem de julgamento e castigo, fica
com raiva e aborrecido quando Deus muda de idéia e não os castiga. Ele fica tão zangado, que quer morrer ( 4.8-9 ). São justamente esses não judeus — os marinheiros e os ninivitas — que voltam para o Senhor, o Deus dos judeus, e recebem a sua aprovação. A diferença entre este judeu e os não judeus não poderia ser maior. A lição é óbvia: o povo de Deus inclui não somente o povo de Israel, mas também todos os não judeus que se arrependem e se voltam para o Senhor
( 1.16 ; 3.10 ; 4.10-11 ).
Jesus usou essa história como símbolo da sua ressurreição e como um exemplo da necessidade de arrependimento ( Mt 12.38-41 ; Lc 11.29-30,32 ).

1.   Conteúdo

A história do profeta rebelde é fácil de contar. Desobedecendo à ordem de Deus de proclamar uma mensagem de julgamento e castigo na cidade de Nínive, a capital do Império Assírio, Jonas tentou fugir de Deus ( 1.3,10 ). Mas, por meio de uma grande
tempestade e de um grande peixe, Deus pegou o profeta e fez com que ele fosse a Nínive. Lá, para decepção do profeta, todos os ninivitas — o rei, os seus ministros, todas as pessoas e todos os animais  se arrependeram, jejuaram e vestiram roupas feitas de
pano grosseiro. Todos!
O profeta, com raiva pelo fato de sua mensagem não ter se cumprida, pediu a Deus que lhe tirasse a vida. Deus respondeu que, assim como Jonas teve pena da planta que um dia 􀀾floresceu e no dia seguinte morreu, ele, Deus, devia ter pena dos
 ninivitas.

2.   Mensagem

2.1. A primeira mensagem é que Deus é o Senhor do mundo e das nações. Ele manda uma tempestade ( 1.4 ) e, depois, acalma o mar ( 1.15 ); ele manda um grande peixe engolir Jonas ( 1.17 ) e, depois, manda o peixe vomitar Jonas na praia ( 2.10 ); ele faz crescer uma planta ( 4.6 ) e, depois, manda um bicho que acaba com a planta ( 4.7 ); ele manda um vento quente para castigar o profeta ( 4.8 ). Deus é Senhor de tudo e de  todos.

2.2. A segunda mensagem é que Deus ama todos os povos do mundo e não somente o povo de Israel. Ele quer a salvação de todos, inclusive a dos assírios,
inimigos mortais do seu povo. O amor e a compaixão de Deus não têm limites.

3.   Autor e data

Não se sabe quem escreveu o livro, e nada sabemos a respeito de Jonas, além do que aparece em 2Rs 14.25 . É impossível dizer ao certo quando o livro foi escrito.
Muitos dos estudiosos acham que foi no sexto ou quinto século a.C.

4.   Esquema do conteúdo

Jonas foge de Deus cap. 1
A oração de Jonas cap. 2
Jonas em Nínive cap. 3
A raiva de Jonas e a misericórdia de Deus cap. 4
LIVRO DO PROFETA JONAS
1:1 JONAS.
 Jonas foi um profeta do Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25).

1:2 VAI À... NÍNIVE.
 Jonas foi chamado por Deus para advertir a Nínive concernente ao juízo divino que estava prestes a se abater sobre ela em conseqüência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral ( Na 1.11; 2.12,13; 3.1,4,16,19). Israel odiava os assírios, e os considerava uma grande ameaça à sua sobrevivência.

1:3 TÁRSIS.
 Társis ficava ao sudeste da atual Espanha, a uma distância de aproximadamente 4.000 km de Israel. Era, portanto, um dos lugares mais remotos em relação à terra santa, em direção oposta a Nínive.
 1:3 JONAS SE LEVANTOU PARA FUGIR.
  Jonas fugiu da chamada divina, recusando-se a entregar a mensagem de Deus a Nínive, porque receava que os seus habitantes se arrependessem, e Deus os livrasse do juízo (Jn 4.1,2).
(1) O profeta não queria que o Senhor tivesse misericórdia de nenhuma nação, exceto Israel, e sobretudo que não tivesse compaixão da Assíria. Jonas se esquecera de que o propósito supremo de Deus para com Israel era que este fosse uma bênção para os gentios, e os levasse ao conhecimento de Deus (Gn 12.1-3; Is 49.3).
(2) Cristo vocacionou a igreja para cumprir uma tarefa missionária maior do que a de Jonas — ir por todo o mundo, pregando o evangelho ( Mt 28.18-20; At 1.8). Tal como Jonas, muitas igrejas pouco se interessam pela obra missionária; preocupam-se exclusivamente com a edificação de seu próprio reino no país onde atuam.

1:4 UM GRANDE VENTO.
 Deus envia uma grande tempestade sobre o mar Mediterrâneo a fim de persuadir a Jonas a obedecer à chamada divina. Devido à desobediência de Jonas, as vidas dos marinheiros estavam em perigo. Se os crentes não estiverem plenamente consagrados a Deus e à sua vontade, suas famílias e as demais pessoas que os cercam muito poderão sofrer.

1:5 JONAS... DORMIA UM PROFUNDO SONO.
  Enquanto a vida dos marinheiros corria grande perigo, o servo de Deus dormia. Hoje, muitos são os crentes que se acham adormecidos e despreocupados, enquanto ao seu redor almas preciosas perecem nas tempestades da vida.

1:7 LANCEMOS SORTES.
 É provável que os marinheiros tenham colocado pedrinhas, ou pequenos pedaços de madeira marcados, num vasilhame, para tirarem um deles. Deus controla a escolha, de modo que a sorte recaiu sobre Jonas, identificado como o culpado.

1:12 LANÇAI-ME AO MAR.
  A disposição de Jonas em morrer para salvar os marinheiros indica quão culpado ele se sentia por ter desobedecido a Deus, e por colocar a vida da tripulação em perigo.

1:17 UM GRANDE PEIXE, PARA QUE TRAGASSE A JONAS.
  Deus providenciou um grande peixe para salvar a vida de Jonas; de modo milagroso, conservou-o vivo por três dias no ventre do peixe.
(1) Os incrédulos e os falsos mestres rejeitam o milagre, colocando-o na categoria de obra de ficção. Jesus, no entanto, considerou-o um fato histórico, chegando a citar o incidente para ilustrar sua própria morte, sepultamento e ressurreição ( Mt 12.39-41).
(2) Noutras palavras, Jesus pôs a experiência de Jonas na mesma categoria de sua morte e ressurreição. Ele aceitou-a como milagre de Deus, operado de conformidade com o seu propósito na história da redenção. Para todos os crentes genuínos, portanto, fica confirmada a autenticidade do milagre.

2:1-2:10 E OROU JONAS.
  Esta é a oração de Jonas, pedindo o livramento da morte, e a subseqüente ação de graças.
(1) Do ventre do grande peixe, Jonas clama ao Senhor, embora se considerasse quase morto (v. 6), sua oração é ouvida pelo Senhor que, em sua misericórdia, poupa-lhe a vida.
(2) Os crentes nunca devem perder a esperança, mesmo em situações que pareçam insuportáveis. Assim como Jonas, os crentes devem clamar a Deus, pedindo misericórdia e ajuda. Depositemos, pois, nossas vidas em suas mãos!

2:3 TU ME LANÇASTE.
  Jonas sabia que fora desobediente, e reconhece ter sido Deus quem o lançara ao mar. Sua maior tristeza e temor era ser banido eternamente da presença de Deus (v. 4).

2:7 ENTROU A TI A MINHA ORAÇÃO.
  Quando os crentes oram, devem crer que as suas orações chegam até a presença de Deus.

 2:7 EU ME LEMBREI DO SENHOR.
  “Lembrar-se” do Senhor significa que Deus se torna uma presença real na vida do crente. É só clamar a Ele com fé, em qualquer circunstância, para ser ouvido ( Dt 8.18).


2:9 SACRIFÍCIO... AGRADECIMENTO.
  Enquanto Jonas decidia oferecer sacrifício em ação de graças (v. 9), Deus interveio em favor do profeta (v. 10).



3:2 A PREGAÇÃO QUE EU TE DISSE.
 (1) Jonas foi chamado pela segunda vez a pregar o juízo e condenação contra Nínive ( v. 4). Sua responsabilidade era entregar a mensagem, quer os ninivitas a acolhessem, quer não.
(2) Os pregadores do evangelho são chamados de modo semelhante a pregar “todo o conselho de Deus” (At 20.27; 2 Tm 4.2). Devem pregar tanto a misericórdia quanto a ira de Deus, tanto o perdão quanto a condenação; devem, ainda, tomar cuidado para não enfraquecer o evangelho, evitando temas éticos e as doutrinas consideradas difíceis. Antes, devemos pregar de tal maneira que os ímpios deixem os seus maus caminhos e se voltem para Deus( At 14.15).

3:3 UMA GRANDE CIDADE.
  A cidade de Nínive tinha mais de 120 mil habitantes ( 4.11).

3:5 OS HOMENS DE NÍNIVE CRERAM EM DEUS.
  (1) Os ninivitas aceitaram a mensagem de Jonas, crendo já estarem condenados, a menos que se arrependessem. Como expressão de seu genuíno arrependimento e humildade, jejuaram ( 1 Sm 7.6; 2 Sm 1.12) e vestiram-se de panos de saco (um tecido grosseiro, geralmente feito de pêlo de cabra;  2 Sm 3.31; 2 Rs 19.1,2).
 (2) Jesus declarou que Nínive se levantará no Dia do Juízo para condenar Israel por causa de sua incredulidade e dureza de coração (Mt 12.41).

3:10 DEUS SE ARREPENDEU DO MAL.
  Por ter o povo se arrependido, Deus suprimiu o juízo.
 (1) O desejo primordial de Deus é usar de misericórdia, e não executar o castigo que a sua justiça requer. O Senhor é um Deus que se move de compaixão pelos pecadores que, sinceramente, se arrependem.
 (2) Este livro ilustra a verdade bíblica de que Deus não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento, recebam o perdão e a vida eterna ( 2 Pe 3.9).

4:1 DESGOSTOU-SE JONAS EXTREMAMENTE.
  Jonas irritou-se porque Deus resolvera perdoar os ninivitas. Ele não queria que o Senhor poupasse este arquiinimigo de Israel.
(1) O problema fundamental de Jonas era que ele não priorizava a vontade de Deus. Preocupava-se mais com a segurança física dos israelitas.
(2) Os crentes podem estar preocupados com o “sucesso” da igreja sem que estejam, todavia, no centro da vontade de Deus, conforme os propósitos e padrões revelados na Bíblia.

4:2 DEUS PIEDOSO.
  Deus é “piedoso” (gracioso; anela ajudar-nos); “misericordioso” (sente compaixão); “longânimo” (não deseja castigar os ímpios); “grande em benignidade” (é compassivo e clemente); e “te arrependes do mal” ( deleita-se em abolir seus juízos quando nos arrependemos de nossos pecados). Estas características de Deus são reveladas por toda a Bíblia ( Sl 103.8; 111.4; 112.4; 145.8).

4:3 MELHOR ME É MORRER.
 Jonas ficou tão frustrado e emocionalmente perturbado, que preferiu morrer. De alguma forma, achava que Deus se voltara contra ele e Israel, ao poupar os ninivitas.

4:6 E FEZ O SENHOR DEUS NASCER UMA ABOBOREIRA.
  Ao invés de rejeitar a Jonas por causa de sua atitude, Deus compassivamente procura convencê-lo, mediante o uso de uma planta de rápido crescimento. Com isto, o Senhor mostra-lhe que se importava tanto com Israel quanto com as outras nações.

4:9 É ACASO RAZOÁVEL QUE ASSIM TE ENFADES...
  A ação de Deus, mediante a aboboreira e o vento quente oriental ( 6-9), visava evidenciar o interesse egoísta que Jonas demonstrava pelo seu próprio bem-estar físico, em contraste com sua falta de solicitude pelos ninivitas. Jonas preocupava-se mais com seu próprio conforto do que com a vontade de Deus concernente a Nínive.

4:11 NÃO HEI DE EU TER COMPAIXÃO...  DE NÍNIVE?
Deus expressa seu amor a Nínive.
(1) É o amor do Criador pelas suas criaturas, embora estas vivam no pecado e rebelião contra as suas leis. É um amor que vai muito além de qualquer amor humano ( Rm 5.8).
(2) O amor de Deus pela humanidade estende-se além do seu próprio povo, e alcança os perdidos em todos os lugares. Esta verdade foi plenamente explicitada:
(a) quando Deus enviou seu Filho Jesus para morrer em prol de toda a humanidade (Jo 3.16); e
 (b) quando Jesus enviou os seus discípulos por todo o mundo a pregar o evangelho, e fazer discípulos em todas as nações (Mt 28.18-20).




ESTUDO NA BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL (comentários)
ILMA DE FÁTIMA LIMA DAMASCENO ( 10/11/2012)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus


Lição 2
14 de Outubro de 2012

Oseias - A Fidelidade no  Relacionamento com Deus

TEXTO ÁUREO
"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo"
(2 Co 11.2).
LEITURA DIARIA
- Is 54.5
Deus se apresenta a Israel como um marido

 Porque o teu Criador  é  o teu marido;  Senhor  dos Exércitos  é  o seu nome; e o Santo de Israel  é  o teu Redentor; ele será chamado o Deus de toda a terra.

Jr 2.2
A união de marido e mulher é uma figura do relacionamento entre Deus e Israel

  No começo da história de Israel, o povo de Deus confiava nEle com profunda devoção. A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a esposa do Senhor (Jr 3.14; 31.32; Is 54.5). Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros deuses (Jr 2. 4,5,25).

   Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo. Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

Mt 25.1
O Senhor Jesus compara o cortejo nupcial a sua vinda

 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

Sl 45.9-11
O resplendor do casamento real ilustra a beleza e a pureza da Igreja

 As filhas dos reis  estavam  entre as tuas ilustres  donzelas;  à tua direita estava a rainha  ornada  de finíssimo ouro de Ofir.

 Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.

 Então, o rei se afeiçoará à tua formosura, pois ele  é  teu senhor; obedece-lhe.

Hb 13.4
O casamento deve ser honrado por todos

  Deus tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à sexualidade.

1 Co 7:1
O cap. 7 todo é a resposta de Paulo às perguntas feitas pela igreja de Corinto a respeito da vida conjugal. Suas instruções devem ser lidas à luz do versículo 26: “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade”. Um período de grande aflição e perseguição estava para vir sobre os cristãos de então, e nessa situação, a vida conjugal seria difícil. Note-se que “não tocar em mulher” significa, aqui, não casar-se.
  O compromisso do casamento importa em cada cônjuge abrir mão do direito exclusivo ao seu próprio corpo e conceder esse direito ao outro cônjuge. Isso significa que nenhum dos cônjuges deve deixar de atender os desejos sexuais normais do outro. Tais desejos, dentro do casamento são naturais e providos por Deus, e evadir-se da responsabilidade de satisfazer as necessidades maritais do outro cônjuge é expor o casamento às tentações de Satanás no campo do adultério (1 Co 7. 5).

Ap 19.7
O encontro de Cristo com a Igreja é comparado a um casamento

Na cronologia do capítulo 19, vemos a “noiva” ( a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de Cristo à terra. Os intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da vinda de Cristo, conforme vemos em Ap 19.11-21). Duas razões para isso.
 (1) A noiva (Ap 21.2) está totalmente preparada no céu, para “as bodas do Cordeiro”, logo, a igreja já deve ter sido arrebatada, achando-se no céu.
 (2) A noiva, já no céu, está vestida com “as justiças dos santos”,  seus atos de retidão (Ap 19. 8). Para os atos de retidão dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.

INTRODUÇÃO
Os 2.5 -  Pois sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.
 Esses  amantes  são os ídolos ou imagens de Baal e o que eles representavam: o trigo, o vinho e o óleo, isto é, o bem-estar e a segurança que levavam os israelitas a esquecerem-se do  Senhor  (  Jr 2.23-25 ;  3.1-2 ;  Os 4.12-14 ;  9.1 ). Sem deixarem de adorar o  Senhor , também prestavam culto a Baal, porque pensavam que dele vinham as chuvas, a fertilidade do solo e a fecundidade do gado (Os 2.  7,10,12,13 . Contra essa falsa crença, Oseias insiste em mostrar que o  Senhor  é o único dispensador de todos esses bens
Os  2.2-13
Uma vez mais o vocabulário do amor humano e o simbolismo da união matrimonial é empregado para falar do relacionamento entre o  Senhor  e o seu povo. Daí a correspondência entre a prostituição e a infidelidade a Deus, desenvolvida nos vs.  2,4-5,13 . A linguagem com a qual se faz a denúncia é a dos processos judiciais nos tribunais de Israel ( Os 4.1,4 ;  Mq 6.1 ).  
Os 4.1.
 Porque o Senhor tem uma contenda: A aliança do  Senhor  com Israel incluía a obrigação de observar a lei; a sua transgressão demandava o castigo correspondente
 ( Êx 19.5 ,   Os 8.1 ). Daí que a linguagem utilizada nos pleitos judiciais era particularmente apropriada para denunciar os culpados e pronunciar a sentença condenatória.   Is 3.13 ;  Jr 2.9 ;  25.31 ;  Mq 6.2 

  Os 2.2-13   Verdade… amor:  Estes termos fazem alusão à aliança de Deus com Israel. O vocábulo hebraico traduzido por  verdade  inclui as ideias de fidelidade, devoção e amor, qualidades que Deus requer do seu povo, Israel.    O  conhecimento de Deus,  em Oseias, não é um saber puramente intelectual, mas implica num relacionamento pessoal e afetivo, que se manifesta de forma prática em um modo de vida conforme a vontade de Deus. Conhecer ao  Senhor  significa tomar parte na sua aliança, observar os seus mandamentos e reconhecer que é ele, e não Baal, quem dá os frutos da terra
( Os 2.8 ; Os  6.6 ).   Sl 1.6.

1.      O livro de Oseias.
1.      Os 1.1
    Senhor  Tradução do nome sagrado de Deus em hebraico, YHWH (quatro consoantes sem as vogais), que, em português, seria “Javé”   (Gn 2.4 ).  Uzias  2Rs 15.1-7 ;  2Cr 26.1-23 .  Jotão  2Rs 15.32-38 ;  2Cr 27.1-8 .  Acaz  2Rs 16.1-20 ;  2Cr 28.1-27 .  Ezequias  2Rs 18.1—20.21 ;  2Cr 29.1—32.33 .  Jeroboão  Conhecido como Jeroboão II
( 2Rs 14.23-29 ).

  2Rs 18.1-12
  Depois da conquista de Samaria (2 Rs 17.6 ), só restava Judá, o Reino do Sul. Ezequias foi rei de Judá de 716 a 687 a.C. ( 2 Cr 29.1-12 ). Ele é bastante elogiado (2 Rs 18.  5-6 ), algo que vai se repetir, mais tarde, com o rei Josias ( 2 Rs 22.2 ;  23.25 ).

2 Rs 18. 9 -  No quarto ano do rei Ezequias, que era o sétimo de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, subiu Salmaneser, rei da Assíria, contra Samaria e a cercou.

2 Rs 18:13
  Em 701 a.C., o rei Senaqueribe da Assíria, reagiu à rebelião de Judá, com a captura de muitas das suas cidades importantes. Seus anais indicam que ele tomou quarenta e seis cidades muradas de Judá. Ezequias, não vendo qualquer solução, caso continuasse a resistir, submeteu-se a Senaqueribe, apresentou desculpas e esvasiou o tesouro nacional de Judá, a fim de pagar a multa sobre o tributo, imposta pela Assíria (2 Rs 18. 14-16).

2 Rs 14. 1  AMAZIAS
  Esse rei começou bem, porém, mais tarde caiu na idolatria (2 Cr 25.14), porque não tinha “coração inteiro” (2 Cr 25.2),  não resolvera de uma vez por todas fazer a vontade de Deus, a todo custo. Uma coisa essencial à perseverança na fé é o propósito inabalável de permanecer fiel a Deus e aos seus mandamentos até o fim da nossa vida nessa terra, independente do que possa nos acontecer (Fp 3.8-16).

2 Rs 14:25  JONAS
  Jonas, filho de Amitai, é o bem conhecido profeta que foi engolido por um enorme peixe, e que levou aos assírios a mensagem divina do arrependimento (Jn 1.1,17; 3.1-10). Viveu e profetizou durante o reinado de Jeroboão II, sendo contemporâneo dos profetas Oséias e de Amós.

 2 Rs 14:25
Israel readquiriu terras e seus habitantes atingiram grande prosperidade material durante o reinado de Jeroboão II ( Am 6.4-6; Os 12.8). No entanto, os profetas Amós e Oséias, que ministraram a Israel durante o seu reinado, perceberam claramente que a prosperidade de Israel estava construída sobre alicerces combalidos, e predisseram em termos bem claros a ruína iminente de Israel. Na realidade, a prosperidade que vicejava durante o reinado de Jeroboão II contribuiu para o liberalismo espiritual, a degeneração moral, a injustiça social e a apostasia da religião, coisas estas que levaram Israel à ruína, cerca de vinte e oito anos depois (2 Rs 14. 26).

2 Rs 14:26
  Deus, por compaixão do seu povo, usou Jeroboão para socorrer Israel (2 Rs 14. 26,27).
 (1) Mesmo assim, a bondade de Deus não levou os israelitas ao arrependimento. O período da prosperidade de Israel foi também um período de corrupção espiritual, moral e social. Tanto Amós quanto Oséias (2 Rs 14. 25 ) falam de um povo vivendo afundado na depravação. Luxo, orgia, imoralidade, injustiça, violência e fraude de todas as formas era o dia-a-dia do povo (Am 2.6-8; 3.9; 5.11-13; 6.4-7). Desse período da história de Israel, Oséias escreveu: “não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios” (Os 4.1,2).
 (2) Esse foi um período doloroso, tanto para Deus, como para seus profetas (Os 1.1,2; 3.1-5; 11.1-12). Os profetas falavam, mas Israel não queria escutar. Por isso, o Senhor fez com que ele fosse “transportado da sua terra à Assíria” (2 Rs 17.23).

2.                Is 1.1
 O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido (ver 1 Rs 12.20 nota; 2 Cr 10.1 nota). O Reino do Norte — chamado pelos diferentes nomes de “Israel”, “Samaria” e “Efraim” — abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul — comumente chamado de “Judá”, com sua capital em Jerusalém — consistia das tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e da sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa do seu pecado e apostasia (Is 39.6).

O nome “Isaías” significa “o SENHOR salva”. Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias (Is  6.1). Profetizou por mais de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C.

3.                Os 8:11
A construção de altares, no norte de Israel, não fora ordem de Deus. Os sacrifícios ali oferecidos expressavam ambições e desejos egoístas dos israelitas. A adoração ao Senhor deve basear-se nos ensinos bíblicos, e seguir as práticas da igreja neotestamentária. A falsa adoração talvez pareça bela aos sentidos, e sirva de entretenimento, mas não deixa de ser pecaminosa, pois substitui a genuína adoração por métodos mundanos ( Jo 4.23,24).

Os 8:12
Muito antes de Oséias, Deus já havia revelado seus mandamentos e leis aos israelitas. Mas o povo tratava a sua Palavra como coisa estranha. Muitos são os crentes, hoje, que raramente lêem a Bíblia, ou dão valor às leis de Deus. Os tais não se agradam dos mandamentos divinos, pois querem continuar na prática do pecado.

Os 11.1
11:1
 Deus refere-se à ocasião em que os israelitas foram tirados do Egito para que viessem a tornar-se uma nação independente. Ele chama Israel de “filho”
(Êx 4.22), mas este não demorou a tornar-se inconstante e desobediente (Os 11. 2). Mateus 2.14,15 aplica este versículo a Jesus, que foi levado ao Egito por José e Maria, e chamado de volta à Palestina depois da morte de Herodes.

Os 11:4
  Percebe-se a solicitude de Deus pelo modo como Ele atrai os seus com cordas de bondade e laços de amor e compaixão. Como Pai e Médico, cuida de seus filhos, curando-lhes as enfermidades, e guiando-os em todo o caminho. Os israelitas, porém, não reconheciam o seu amor, e desprezavam suas bênçãos. Devemos ser continuamente gratos pelo amor de Deus. Esforcemo-nos por cultivar corações agradecidos, que amem realmente a Deus.

Os 2.14-16
  Oséias alterna as advertências de juízo com as promessas de esperança e restauração. Os dois “portanto” (hb. laken) anteriores (Os 2. 6,9) referiam-se ao juízo. Agora, começando com outro laken, Deus revela um maravilhoso contraste. Em sua graça, ainda conclamaria Israel a que retornasse a Ele. Assim como no Êxodo, quando tirou seu povo do Egito e o conduziu ao deserto para dar-lhe a sua Lei e introduzi-lo na terra prometida, voltaria a tirá-lo do Egito, e do pecado ali representado, para um novo deserto, onde o guiaria e o restauraria plenamente.

Os 5. 1
  Os guias religiosos e políticos, que deveriam ter conduzido o povo ao Senhor, levaram-no a cair no laço da idolatria.

II.1.
Gn 2.24
Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra (Gn 1.28 ). A prescrição divina para o casamento é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se “uma só carne” ( unidos em corpo e alma). Este ensino divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade, a fornicação e o divórcio. (Mc 10.7-9;  Mt 19.9 ).
 
Gn 1. 1:28
   O homem e a mulher receberam o encargo de serem frutíferos e de dominarem sobre a terra e o reino animal.
 (1) Foram criados para constituírem lares para a família. Esse propósito de Deus, declarado na criação, indica que Ele volta-se para a família que o serve e que a criação de filhos é algo de máxima prioridade no mundo ( Ef 5.21 ; Tt 2.4,5).
 (2) Deus esperava deles que lhe dedicassem todas as coisas da terra e que as administrassem de modo a glorificar a Deus e cumprir o propósito divino (Sl 8.6-8; Hb 2.7-9).
 (3) O futuro da terra passou a depender deles. Quando pecaram, trouxeram ruína, fracasso e sofrimento à criação de Deus (Gn 3.14-24; Rm 18.19-22).
 (4) É obra exclusiva de Jesus Cristo restaurar a terra à sua posição e função perfeitas, na sua vinda, no fim desta era (Rm 8.19-25; 1 Co 15.24-28; Hb 2.5-8;  Ap 21.1).

II. 2

2 Co 11.2
 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para  vos  apresentar  como  uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

Ef 5.31
 Por isso, deixará o homem seu pai e  sua  mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.

32
 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

33
 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

AP 19.7
 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e    a sua esposa se aprontou.

II.3

Jr 3:6
  Israel, o Reino do Norte, fora infiel a Deus; como resultado, os israelitas foram levados em cativeiro pela Assíria, em 722-721 a.C. Judá, o Reino do Sul, deveria ter aprendido a lição trágica da sua irmã, mas isso não aconteceu. Ele também entregou-se à prostituição espiritual e à prática da iniqüidade.

Tg 4. 4
  “A amizade do mundo” é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20). Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo. Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9).

 Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas ( a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14). O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24).

III.1
Os 11. 4
 Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo  de  sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento.

Jr 31. 3
 Há muito que o  Senhor  me apareceu,  dizendo:  Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí.

Os 2.3
   Oséias volta às advertências de juízo. “Contender” é um termo jurídico empregado para pleitear uma causa contra alguém envolvendo demandas, repreensões e censuras. A nação é a esposa e mãe; os israelitas são os filhos que se voltaram à idolatria. Eles precisam, pois, arrepender-se e abandonar seus amantes (Os 2.5), os vários deuses cananeus.

Jr 2. 2
  No começo da história de Israel, o povo de Deus confiava nEle com profunda devoção. A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a esposa do Senhor (Jr 3.14; 31.32; Is 54.5). Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros deuses (Jr 2. 4,5,25).

Jr 2:5
Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo. Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

Jr 2.25   
Jeremias, às vezes, empregava a analogia de uma prostituta devassa para ilustrar a gravidade da infidelidade de Judá a Deus, como seu marido. Empregando uma metáfora semelhante, o NT chama a igreja de noiva de Cristo ( 2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7). O crente deve ter cuidado para ser sempre fiel ao seu Senhor; nunca o abandonando por outros amores (Jr 2. 33).

III. 2
Js 7. 2-26
  O pecado de Acã, suas conseqüências sobre Israel e a severa penalidade contra Acã e sua família revelam vários princípios de julgamento quando o povo de Deus peca flagrantemente.
 (1) Quando há pecado grave, ou tolerância de pecado grave entre o povo de Deus, a bênção de Deus diminui, fica impedida, ou a sua perda é total. Deus não abençoará um povo que se recusa a tirar o pecado do seu meio
 (Js 7. 1,11-13,20,21,25; 1 Co 5.1-13).
 (2) O pecado permitido na congregação do povo de Deus, expõe seus membros à influência destruidora do inimigo
 ( Satanás e o mundo, Js 7. 4-13).
 (3) Se tal pecado for tolerado, quando devia ser corrigido, resultará em juízo (Js 7. 13). Se, no entanto, o pecado for declarado, confessado e removido, voltarão a bênção, a presença e a graça de Deus
 (Js 7. 22-26; 8.1,18,19; At 4.31—5.11).
 (4) O pecado entre o povo de Deus, portanto, deve ser tratado como assunto da máxima gravidade. É preciso preservar a pureza e demandar a obediência. Doutra forma, o crescimento espiritual de uma congregação ou será minguado, ou cessará totalmente ( Ap 3.1-3,14-18).

Os  2.15
O  vale de Acor,  situado a sudoeste de Jericó, à entrada de Canaã, foi cenário do pecado e morte de Acã ( Js 7.24-26 ). O seu nome significa  desastre  ou  desgraça,  mas aqui é apresentado como um símbolo de esperança, porque por ali se dará o retorno dos israelitas às terras férteis da Palestina central.

Os 2. 20
 E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás o  Senhor .

  Nos tempos bíblicos, o noivado era um compromisso contratual ao nível de matrimônio. Aqui, Deus promete restaurar o relacionamento pactual entre Ele e Israel mediante o seu amor redentor, a fim de que os israelitas viessem a conhecê-lo de modo genuíno e pessoal. Em contrapartida, Deus estava a exigir justiça, retidão, amor constante, bondade e fidelidade de seu povo. De igual modo, Ele quer que os crentes, hoje, manifestem-lhe fidelidade, sincero amor e compaixão ao próximo.

III.3

Os 2.2;  Ez 16.8-63 .
  A figura da  mãe  representa simbolicamente todo o povo de Israel (  Os 4.5 ); os filhos ( Os 2.4 ) representam os israelitas: dessa forma são ressaltados, ao mesmo tempo, o aspecto pessoal e o comunitário.  Os 2.2 Que ela afaste as suas prostituições de sua presença:  Gn 38.15 ;  Pv 7.10 .

Uma vez mais o vocabulário do amor humano e o simbolismo da união matrimonial é empregado para falar do relacionamento entre o  Senhor  e o seu povo. Daí a correspondência entre a prostituição e a infidelidade a Deus, desenvolvida Os 2.  2,4-5,13 . A linguagem com a qual se faz a denúncia é a dos processos judiciais nos tribunais de Israel ( Os 4.1,4 ;  Mq 6.1 ).  Os 4.1.

Os 2.19-20
 Aqui, reaparece o tema da união matrimonial para anunciar um novo começo no relacionamento de Deus com Israel, fundamentado desta vez em um amor indestrutível ( Os 6.6 ;  10.12 ;  11.3-4 ). Jeremias desenvolverá, mais tarde, esse mesmo tema e anunciará a nova aliança de Deus com o seu povo.
  Jr 31.31.

IV.1
Os 2.6
  O  Senhor  Deus, “marido” de Israel, diz aos seus “filhos”, o povo de Israel
( Os 2.2 ), que acusem a sua “mãe”, a nação de Israel, de adultério. Ela deverá ser julgada e condenada porque abandonou o seu legítimo “marido”, o  Senhor  Deus, e se entregou aos seus “amantes”, os deuses da fertilidade.

    Os 2.14-23 
Deus promete que a nação de Israel será, de novo, a sua “esposa” e ele será o “marido” dela. Ela abandonará os seus “amantes”, e Deus a abençoará com paz, segurança e prosperidade.

Jl 3.18
   O livro de Joel termina com a promessa de que Jerusalém seria libertada de seus inimigos, e a bênção divina haveria de ser derramada sobre o povo de Israel. A bênção consiste, primeiramente, em que Deus habitará entre o seu povo e lhe demonstrará amor e cuidado. Com a destruição dos ímpios, em todas as nações, o reino de Deus prevalecerá. A conclusão do livro de Joel demonstra a seguinte verdade aos israelitas: os que permanecerem em seus maus caminhos enfrentarão a ira divina; os que se arrependerem e buscarem ao Senhor, por outro lado, experimentarão as suas bênçãos, e terão uma eternidade gloriosa.
   Este capítulo trata da futura restauração de Israel e do juízo de Deus sobre todas as nações do mundo; Esse juízo incluirá a grande batalha do Armagedom que precederá o reinado de Cristo sobre toda a terra ( Ap 16.16 ).

 Os  2.16
 “Meu marido”  Is 54.5 .  Baal  Esse nome do deus pagão da fertilidade quer dizer: “senhor” e quer dizer também “marido”.
  
IV.2
Jr 10. 11
 Ante a ameaça da invasão dos babilônios, o povo recorria cada vez mais aos ídolos e à astrologia e espiritismo das nações vizinhas. Jeremias adverte o povo contra tais coisas e declara que o Senhor Deus é o único Deus verdadeiro que criou todas as coisas ( Jr 10. 10-12).

Os 2.17
 Em hebraico, o termo  baal  significa  senhor, dono  ou  marido,  mas utilizado como substantivo próprio designa o deus cananeu da fertilidade
(  Jz 2.13 ). O profeta quer eliminar, inclusive, o uso da palavra  baal  como nome substantivo comum, para acabar com todos os resquícios desse culto pagão. Não se trata apenas de acabar com os baalins, mas também de começar um novo relacionamento com o  Senhor , fundado no amor.  a palavra  baal,  em nomes de pessoas, em  1Cr 8.33 ;  9.39-40 ; e ver  2Sm 2.8 .


CONCLUSÃO

O emprego das coisas do dia a dia como ilustração facilita a compreensão da mensagem divina, e a Bíblia está repleta desses recursos literários. O casamento é o símbolo perfeito para compreendermos o relacionamento de Deus com o seu povo, e do Senhor Jesus Cristo com o cristão.

 Ap 22.18-20

18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro  que,  se alguém lhes acrescentar alguma  coisa,  Deus fará vir sobre ele as pragas  que estão  escritas neste livro;

19 e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.

20 Aquele que testifica estas  coisas  diz:  Certamente, cedo venho.  Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!

Comentários das Bíblias de Estudo
Pentecostal, Almeida, NTLH  e Lições bíblicas CPAD
4º trimestre 2012
Lição 2
Ilma  Damasceno