quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus


Lição 2
14 de Outubro de 2012

Oseias - A Fidelidade no  Relacionamento com Deus

TEXTO ÁUREO
"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo"
(2 Co 11.2).
LEITURA DIARIA
- Is 54.5
Deus se apresenta a Israel como um marido

 Porque o teu Criador  é  o teu marido;  Senhor  dos Exércitos  é  o seu nome; e o Santo de Israel  é  o teu Redentor; ele será chamado o Deus de toda a terra.

Jr 2.2
A união de marido e mulher é uma figura do relacionamento entre Deus e Israel

  No começo da história de Israel, o povo de Deus confiava nEle com profunda devoção. A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a esposa do Senhor (Jr 3.14; 31.32; Is 54.5). Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros deuses (Jr 2. 4,5,25).

   Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo. Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

Mt 25.1
O Senhor Jesus compara o cortejo nupcial a sua vinda

 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

Sl 45.9-11
O resplendor do casamento real ilustra a beleza e a pureza da Igreja

 As filhas dos reis  estavam  entre as tuas ilustres  donzelas;  à tua direita estava a rainha  ornada  de finíssimo ouro de Ofir.

 Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.

 Então, o rei se afeiçoará à tua formosura, pois ele  é  teu senhor; obedece-lhe.

Hb 13.4
O casamento deve ser honrado por todos

  Deus tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à sexualidade.

1 Co 7:1
O cap. 7 todo é a resposta de Paulo às perguntas feitas pela igreja de Corinto a respeito da vida conjugal. Suas instruções devem ser lidas à luz do versículo 26: “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade”. Um período de grande aflição e perseguição estava para vir sobre os cristãos de então, e nessa situação, a vida conjugal seria difícil. Note-se que “não tocar em mulher” significa, aqui, não casar-se.
  O compromisso do casamento importa em cada cônjuge abrir mão do direito exclusivo ao seu próprio corpo e conceder esse direito ao outro cônjuge. Isso significa que nenhum dos cônjuges deve deixar de atender os desejos sexuais normais do outro. Tais desejos, dentro do casamento são naturais e providos por Deus, e evadir-se da responsabilidade de satisfazer as necessidades maritais do outro cônjuge é expor o casamento às tentações de Satanás no campo do adultério (1 Co 7. 5).

Ap 19.7
O encontro de Cristo com a Igreja é comparado a um casamento

Na cronologia do capítulo 19, vemos a “noiva” ( a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de Cristo à terra. Os intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da vinda de Cristo, conforme vemos em Ap 19.11-21). Duas razões para isso.
 (1) A noiva (Ap 21.2) está totalmente preparada no céu, para “as bodas do Cordeiro”, logo, a igreja já deve ter sido arrebatada, achando-se no céu.
 (2) A noiva, já no céu, está vestida com “as justiças dos santos”,  seus atos de retidão (Ap 19. 8). Para os atos de retidão dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.

INTRODUÇÃO
Os 2.5 -  Pois sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.
 Esses  amantes  são os ídolos ou imagens de Baal e o que eles representavam: o trigo, o vinho e o óleo, isto é, o bem-estar e a segurança que levavam os israelitas a esquecerem-se do  Senhor  (  Jr 2.23-25 ;  3.1-2 ;  Os 4.12-14 ;  9.1 ). Sem deixarem de adorar o  Senhor , também prestavam culto a Baal, porque pensavam que dele vinham as chuvas, a fertilidade do solo e a fecundidade do gado (Os 2.  7,10,12,13 . Contra essa falsa crença, Oseias insiste em mostrar que o  Senhor  é o único dispensador de todos esses bens
Os  2.2-13
Uma vez mais o vocabulário do amor humano e o simbolismo da união matrimonial é empregado para falar do relacionamento entre o  Senhor  e o seu povo. Daí a correspondência entre a prostituição e a infidelidade a Deus, desenvolvida nos vs.  2,4-5,13 . A linguagem com a qual se faz a denúncia é a dos processos judiciais nos tribunais de Israel ( Os 4.1,4 ;  Mq 6.1 ).  
Os 4.1.
 Porque o Senhor tem uma contenda: A aliança do  Senhor  com Israel incluía a obrigação de observar a lei; a sua transgressão demandava o castigo correspondente
 ( Êx 19.5 ,   Os 8.1 ). Daí que a linguagem utilizada nos pleitos judiciais era particularmente apropriada para denunciar os culpados e pronunciar a sentença condenatória.   Is 3.13 ;  Jr 2.9 ;  25.31 ;  Mq 6.2 

  Os 2.2-13   Verdade… amor:  Estes termos fazem alusão à aliança de Deus com Israel. O vocábulo hebraico traduzido por  verdade  inclui as ideias de fidelidade, devoção e amor, qualidades que Deus requer do seu povo, Israel.    O  conhecimento de Deus,  em Oseias, não é um saber puramente intelectual, mas implica num relacionamento pessoal e afetivo, que se manifesta de forma prática em um modo de vida conforme a vontade de Deus. Conhecer ao  Senhor  significa tomar parte na sua aliança, observar os seus mandamentos e reconhecer que é ele, e não Baal, quem dá os frutos da terra
( Os 2.8 ; Os  6.6 ).   Sl 1.6.

1.      O livro de Oseias.
1.      Os 1.1
    Senhor  Tradução do nome sagrado de Deus em hebraico, YHWH (quatro consoantes sem as vogais), que, em português, seria “Javé”   (Gn 2.4 ).  Uzias  2Rs 15.1-7 ;  2Cr 26.1-23 .  Jotão  2Rs 15.32-38 ;  2Cr 27.1-8 .  Acaz  2Rs 16.1-20 ;  2Cr 28.1-27 .  Ezequias  2Rs 18.1—20.21 ;  2Cr 29.1—32.33 .  Jeroboão  Conhecido como Jeroboão II
( 2Rs 14.23-29 ).

  2Rs 18.1-12
  Depois da conquista de Samaria (2 Rs 17.6 ), só restava Judá, o Reino do Sul. Ezequias foi rei de Judá de 716 a 687 a.C. ( 2 Cr 29.1-12 ). Ele é bastante elogiado (2 Rs 18.  5-6 ), algo que vai se repetir, mais tarde, com o rei Josias ( 2 Rs 22.2 ;  23.25 ).

2 Rs 18. 9 -  No quarto ano do rei Ezequias, que era o sétimo de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, subiu Salmaneser, rei da Assíria, contra Samaria e a cercou.

2 Rs 18:13
  Em 701 a.C., o rei Senaqueribe da Assíria, reagiu à rebelião de Judá, com a captura de muitas das suas cidades importantes. Seus anais indicam que ele tomou quarenta e seis cidades muradas de Judá. Ezequias, não vendo qualquer solução, caso continuasse a resistir, submeteu-se a Senaqueribe, apresentou desculpas e esvasiou o tesouro nacional de Judá, a fim de pagar a multa sobre o tributo, imposta pela Assíria (2 Rs 18. 14-16).

2 Rs 14. 1  AMAZIAS
  Esse rei começou bem, porém, mais tarde caiu na idolatria (2 Cr 25.14), porque não tinha “coração inteiro” (2 Cr 25.2),  não resolvera de uma vez por todas fazer a vontade de Deus, a todo custo. Uma coisa essencial à perseverança na fé é o propósito inabalável de permanecer fiel a Deus e aos seus mandamentos até o fim da nossa vida nessa terra, independente do que possa nos acontecer (Fp 3.8-16).

2 Rs 14:25  JONAS
  Jonas, filho de Amitai, é o bem conhecido profeta que foi engolido por um enorme peixe, e que levou aos assírios a mensagem divina do arrependimento (Jn 1.1,17; 3.1-10). Viveu e profetizou durante o reinado de Jeroboão II, sendo contemporâneo dos profetas Oséias e de Amós.

 2 Rs 14:25
Israel readquiriu terras e seus habitantes atingiram grande prosperidade material durante o reinado de Jeroboão II ( Am 6.4-6; Os 12.8). No entanto, os profetas Amós e Oséias, que ministraram a Israel durante o seu reinado, perceberam claramente que a prosperidade de Israel estava construída sobre alicerces combalidos, e predisseram em termos bem claros a ruína iminente de Israel. Na realidade, a prosperidade que vicejava durante o reinado de Jeroboão II contribuiu para o liberalismo espiritual, a degeneração moral, a injustiça social e a apostasia da religião, coisas estas que levaram Israel à ruína, cerca de vinte e oito anos depois (2 Rs 14. 26).

2 Rs 14:26
  Deus, por compaixão do seu povo, usou Jeroboão para socorrer Israel (2 Rs 14. 26,27).
 (1) Mesmo assim, a bondade de Deus não levou os israelitas ao arrependimento. O período da prosperidade de Israel foi também um período de corrupção espiritual, moral e social. Tanto Amós quanto Oséias (2 Rs 14. 25 ) falam de um povo vivendo afundado na depravação. Luxo, orgia, imoralidade, injustiça, violência e fraude de todas as formas era o dia-a-dia do povo (Am 2.6-8; 3.9; 5.11-13; 6.4-7). Desse período da história de Israel, Oséias escreveu: “não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios” (Os 4.1,2).
 (2) Esse foi um período doloroso, tanto para Deus, como para seus profetas (Os 1.1,2; 3.1-5; 11.1-12). Os profetas falavam, mas Israel não queria escutar. Por isso, o Senhor fez com que ele fosse “transportado da sua terra à Assíria” (2 Rs 17.23).

2.                Is 1.1
 O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido (ver 1 Rs 12.20 nota; 2 Cr 10.1 nota). O Reino do Norte — chamado pelos diferentes nomes de “Israel”, “Samaria” e “Efraim” — abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul — comumente chamado de “Judá”, com sua capital em Jerusalém — consistia das tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e da sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa do seu pecado e apostasia (Is 39.6).

O nome “Isaías” significa “o SENHOR salva”. Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias (Is  6.1). Profetizou por mais de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C.

3.                Os 8:11
A construção de altares, no norte de Israel, não fora ordem de Deus. Os sacrifícios ali oferecidos expressavam ambições e desejos egoístas dos israelitas. A adoração ao Senhor deve basear-se nos ensinos bíblicos, e seguir as práticas da igreja neotestamentária. A falsa adoração talvez pareça bela aos sentidos, e sirva de entretenimento, mas não deixa de ser pecaminosa, pois substitui a genuína adoração por métodos mundanos ( Jo 4.23,24).

Os 8:12
Muito antes de Oséias, Deus já havia revelado seus mandamentos e leis aos israelitas. Mas o povo tratava a sua Palavra como coisa estranha. Muitos são os crentes, hoje, que raramente lêem a Bíblia, ou dão valor às leis de Deus. Os tais não se agradam dos mandamentos divinos, pois querem continuar na prática do pecado.

Os 11.1
11:1
 Deus refere-se à ocasião em que os israelitas foram tirados do Egito para que viessem a tornar-se uma nação independente. Ele chama Israel de “filho”
(Êx 4.22), mas este não demorou a tornar-se inconstante e desobediente (Os 11. 2). Mateus 2.14,15 aplica este versículo a Jesus, que foi levado ao Egito por José e Maria, e chamado de volta à Palestina depois da morte de Herodes.

Os 11:4
  Percebe-se a solicitude de Deus pelo modo como Ele atrai os seus com cordas de bondade e laços de amor e compaixão. Como Pai e Médico, cuida de seus filhos, curando-lhes as enfermidades, e guiando-os em todo o caminho. Os israelitas, porém, não reconheciam o seu amor, e desprezavam suas bênçãos. Devemos ser continuamente gratos pelo amor de Deus. Esforcemo-nos por cultivar corações agradecidos, que amem realmente a Deus.

Os 2.14-16
  Oséias alterna as advertências de juízo com as promessas de esperança e restauração. Os dois “portanto” (hb. laken) anteriores (Os 2. 6,9) referiam-se ao juízo. Agora, começando com outro laken, Deus revela um maravilhoso contraste. Em sua graça, ainda conclamaria Israel a que retornasse a Ele. Assim como no Êxodo, quando tirou seu povo do Egito e o conduziu ao deserto para dar-lhe a sua Lei e introduzi-lo na terra prometida, voltaria a tirá-lo do Egito, e do pecado ali representado, para um novo deserto, onde o guiaria e o restauraria plenamente.

Os 5. 1
  Os guias religiosos e políticos, que deveriam ter conduzido o povo ao Senhor, levaram-no a cair no laço da idolatria.

II.1.
Gn 2.24
Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra (Gn 1.28 ). A prescrição divina para o casamento é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se “uma só carne” ( unidos em corpo e alma). Este ensino divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade, a fornicação e o divórcio. (Mc 10.7-9;  Mt 19.9 ).
 
Gn 1. 1:28
   O homem e a mulher receberam o encargo de serem frutíferos e de dominarem sobre a terra e o reino animal.
 (1) Foram criados para constituírem lares para a família. Esse propósito de Deus, declarado na criação, indica que Ele volta-se para a família que o serve e que a criação de filhos é algo de máxima prioridade no mundo ( Ef 5.21 ; Tt 2.4,5).
 (2) Deus esperava deles que lhe dedicassem todas as coisas da terra e que as administrassem de modo a glorificar a Deus e cumprir o propósito divino (Sl 8.6-8; Hb 2.7-9).
 (3) O futuro da terra passou a depender deles. Quando pecaram, trouxeram ruína, fracasso e sofrimento à criação de Deus (Gn 3.14-24; Rm 18.19-22).
 (4) É obra exclusiva de Jesus Cristo restaurar a terra à sua posição e função perfeitas, na sua vinda, no fim desta era (Rm 8.19-25; 1 Co 15.24-28; Hb 2.5-8;  Ap 21.1).

II. 2

2 Co 11.2
 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para  vos  apresentar  como  uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

Ef 5.31
 Por isso, deixará o homem seu pai e  sua  mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.

32
 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

33
 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

AP 19.7
 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e    a sua esposa se aprontou.

II.3

Jr 3:6
  Israel, o Reino do Norte, fora infiel a Deus; como resultado, os israelitas foram levados em cativeiro pela Assíria, em 722-721 a.C. Judá, o Reino do Sul, deveria ter aprendido a lição trágica da sua irmã, mas isso não aconteceu. Ele também entregou-se à prostituição espiritual e à prática da iniqüidade.

Tg 4. 4
  “A amizade do mundo” é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20). Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo. Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9).

 Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas ( a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14). O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24).

III.1
Os 11. 4
 Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo  de  sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento.

Jr 31. 3
 Há muito que o  Senhor  me apareceu,  dizendo:  Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí.

Os 2.3
   Oséias volta às advertências de juízo. “Contender” é um termo jurídico empregado para pleitear uma causa contra alguém envolvendo demandas, repreensões e censuras. A nação é a esposa e mãe; os israelitas são os filhos que se voltaram à idolatria. Eles precisam, pois, arrepender-se e abandonar seus amantes (Os 2.5), os vários deuses cananeus.

Jr 2. 2
  No começo da história de Israel, o povo de Deus confiava nEle com profunda devoção. A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a esposa do Senhor (Jr 3.14; 31.32; Is 54.5). Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros deuses (Jr 2. 4,5,25).

Jr 2:5
Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo. Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

Jr 2.25   
Jeremias, às vezes, empregava a analogia de uma prostituta devassa para ilustrar a gravidade da infidelidade de Judá a Deus, como seu marido. Empregando uma metáfora semelhante, o NT chama a igreja de noiva de Cristo ( 2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7). O crente deve ter cuidado para ser sempre fiel ao seu Senhor; nunca o abandonando por outros amores (Jr 2. 33).

III. 2
Js 7. 2-26
  O pecado de Acã, suas conseqüências sobre Israel e a severa penalidade contra Acã e sua família revelam vários princípios de julgamento quando o povo de Deus peca flagrantemente.
 (1) Quando há pecado grave, ou tolerância de pecado grave entre o povo de Deus, a bênção de Deus diminui, fica impedida, ou a sua perda é total. Deus não abençoará um povo que se recusa a tirar o pecado do seu meio
 (Js 7. 1,11-13,20,21,25; 1 Co 5.1-13).
 (2) O pecado permitido na congregação do povo de Deus, expõe seus membros à influência destruidora do inimigo
 ( Satanás e o mundo, Js 7. 4-13).
 (3) Se tal pecado for tolerado, quando devia ser corrigido, resultará em juízo (Js 7. 13). Se, no entanto, o pecado for declarado, confessado e removido, voltarão a bênção, a presença e a graça de Deus
 (Js 7. 22-26; 8.1,18,19; At 4.31—5.11).
 (4) O pecado entre o povo de Deus, portanto, deve ser tratado como assunto da máxima gravidade. É preciso preservar a pureza e demandar a obediência. Doutra forma, o crescimento espiritual de uma congregação ou será minguado, ou cessará totalmente ( Ap 3.1-3,14-18).

Os  2.15
O  vale de Acor,  situado a sudoeste de Jericó, à entrada de Canaã, foi cenário do pecado e morte de Acã ( Js 7.24-26 ). O seu nome significa  desastre  ou  desgraça,  mas aqui é apresentado como um símbolo de esperança, porque por ali se dará o retorno dos israelitas às terras férteis da Palestina central.

Os 2. 20
 E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás o  Senhor .

  Nos tempos bíblicos, o noivado era um compromisso contratual ao nível de matrimônio. Aqui, Deus promete restaurar o relacionamento pactual entre Ele e Israel mediante o seu amor redentor, a fim de que os israelitas viessem a conhecê-lo de modo genuíno e pessoal. Em contrapartida, Deus estava a exigir justiça, retidão, amor constante, bondade e fidelidade de seu povo. De igual modo, Ele quer que os crentes, hoje, manifestem-lhe fidelidade, sincero amor e compaixão ao próximo.

III.3

Os 2.2;  Ez 16.8-63 .
  A figura da  mãe  representa simbolicamente todo o povo de Israel (  Os 4.5 ); os filhos ( Os 2.4 ) representam os israelitas: dessa forma são ressaltados, ao mesmo tempo, o aspecto pessoal e o comunitário.  Os 2.2 Que ela afaste as suas prostituições de sua presença:  Gn 38.15 ;  Pv 7.10 .

Uma vez mais o vocabulário do amor humano e o simbolismo da união matrimonial é empregado para falar do relacionamento entre o  Senhor  e o seu povo. Daí a correspondência entre a prostituição e a infidelidade a Deus, desenvolvida Os 2.  2,4-5,13 . A linguagem com a qual se faz a denúncia é a dos processos judiciais nos tribunais de Israel ( Os 4.1,4 ;  Mq 6.1 ).  Os 4.1.

Os 2.19-20
 Aqui, reaparece o tema da união matrimonial para anunciar um novo começo no relacionamento de Deus com Israel, fundamentado desta vez em um amor indestrutível ( Os 6.6 ;  10.12 ;  11.3-4 ). Jeremias desenvolverá, mais tarde, esse mesmo tema e anunciará a nova aliança de Deus com o seu povo.
  Jr 31.31.

IV.1
Os 2.6
  O  Senhor  Deus, “marido” de Israel, diz aos seus “filhos”, o povo de Israel
( Os 2.2 ), que acusem a sua “mãe”, a nação de Israel, de adultério. Ela deverá ser julgada e condenada porque abandonou o seu legítimo “marido”, o  Senhor  Deus, e se entregou aos seus “amantes”, os deuses da fertilidade.

    Os 2.14-23 
Deus promete que a nação de Israel será, de novo, a sua “esposa” e ele será o “marido” dela. Ela abandonará os seus “amantes”, e Deus a abençoará com paz, segurança e prosperidade.

Jl 3.18
   O livro de Joel termina com a promessa de que Jerusalém seria libertada de seus inimigos, e a bênção divina haveria de ser derramada sobre o povo de Israel. A bênção consiste, primeiramente, em que Deus habitará entre o seu povo e lhe demonstrará amor e cuidado. Com a destruição dos ímpios, em todas as nações, o reino de Deus prevalecerá. A conclusão do livro de Joel demonstra a seguinte verdade aos israelitas: os que permanecerem em seus maus caminhos enfrentarão a ira divina; os que se arrependerem e buscarem ao Senhor, por outro lado, experimentarão as suas bênçãos, e terão uma eternidade gloriosa.
   Este capítulo trata da futura restauração de Israel e do juízo de Deus sobre todas as nações do mundo; Esse juízo incluirá a grande batalha do Armagedom que precederá o reinado de Cristo sobre toda a terra ( Ap 16.16 ).

 Os  2.16
 “Meu marido”  Is 54.5 .  Baal  Esse nome do deus pagão da fertilidade quer dizer: “senhor” e quer dizer também “marido”.
  
IV.2
Jr 10. 11
 Ante a ameaça da invasão dos babilônios, o povo recorria cada vez mais aos ídolos e à astrologia e espiritismo das nações vizinhas. Jeremias adverte o povo contra tais coisas e declara que o Senhor Deus é o único Deus verdadeiro que criou todas as coisas ( Jr 10. 10-12).

Os 2.17
 Em hebraico, o termo  baal  significa  senhor, dono  ou  marido,  mas utilizado como substantivo próprio designa o deus cananeu da fertilidade
(  Jz 2.13 ). O profeta quer eliminar, inclusive, o uso da palavra  baal  como nome substantivo comum, para acabar com todos os resquícios desse culto pagão. Não se trata apenas de acabar com os baalins, mas também de começar um novo relacionamento com o  Senhor , fundado no amor.  a palavra  baal,  em nomes de pessoas, em  1Cr 8.33 ;  9.39-40 ; e ver  2Sm 2.8 .


CONCLUSÃO

O emprego das coisas do dia a dia como ilustração facilita a compreensão da mensagem divina, e a Bíblia está repleta desses recursos literários. O casamento é o símbolo perfeito para compreendermos o relacionamento de Deus com o seu povo, e do Senhor Jesus Cristo com o cristão.

 Ap 22.18-20

18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro  que,  se alguém lhes acrescentar alguma  coisa,  Deus fará vir sobre ele as pragas  que estão  escritas neste livro;

19 e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.

20 Aquele que testifica estas  coisas  diz:  Certamente, cedo venho.  Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!

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